Rachel Poubel

15 de agosto de 2022
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#108_Mãe que cuida do filho sozinha não é pãe, é mãe

Segundo domingo de agosto, dia dos pais e muitos levantam o discurso de parabéns às mães que são pai e mãe, pãe. Só que isso não é possível e eu vou explicar.

Todos somos frutos de uma união, óvulo + espermatozoide, o pai e a mãe, ou seja, duas partes. Não importa as circunstâncias. E nós mulheres, só conseguimos ocupar o nosso papel, a nossa parte, mãe.

O pai ausente pode gerar uma mulher sobrecarregada, estressada que tem de dar conta, sem outra opção.

É importante sim valorizar a mãe solo, que honra a maternidade, cuida do filho, dá seu melhor. Mas nunca vai ocupar o lugar do pai.

Na árvore da vida familiar cada um tem seu lugar. É preciso sempre conversar com a criança, na linguagem que a idade dela permite, explicando como é a organização da sua família.

Os adultos são responsáveis pela vinda das crianças ao mundo. Então não se pode transferir os desgostos dos relacionamentos entre os adultos, para a criança.

Então falar mal, criticar para a criança a figura da pessoa ausente não é saudável para as emoções dela. Pois a criança tem em seu corpo, em sua genética a metade do pai e metade da mãe. Falar mal de uma destas partes para a criança faz com que ela sinta que tem metade de si ruim, mesmo inconsciente.

Entendo o desafio de viver uma maternidade solo. Por isso é essencial conscientizar para os homens que seu papel vai muito além de pensão, é presença, atenção, cumprir a sua parte.

Que quando ele não cumpre sua parte ele não está fazendo mal para só a mulher com quem não deseja se relacionar mais, mas para a criança que não tem responsabilidade por vir ao mundo.

Vejo que cada vez mais os homens estão entendendo a real paternidade. Isso é ótimo. Temos pais incríveis, que merecem as congratulações nesse dia.

A paternidade consciente é uma construção que surge com a desconstrução do machismo, que é um mal para toda a sociedade. Muitos pensam que só afeta as mulheres, mas não. Prejudica a todos seres humanos, a vida em sociedade como um todo.

O exercício dessa semana é para você que tem uma relação problemática com seu pai ou nem teve relacionamento com ele, é órfã de pai:

Vá para frente do espelho, onde consiga se ver de corpo todo. Vá pensando e até falando: eu sou fruto de um pai e uma mãe. Meu corpo é perfeito, sou abençoada, sou única, metade pai e metade mãe e sou grata por eles terem me dado a vida. Não importa como, mas fui escolhida para vir nesse mundo através de vocês, eu recebo e aceito.

Agora feche os olhos e sinta a gratidão pela vida. Por ser quem é. Vai sentindo gratidão por estar neste mundo. Põe atenção no seu corpo desde o topo da cabeça, até a sola do pé. Experimente a gratidão no seu corpo.

Muito bem!

Esse é o princípio de transformar seus resultados. Só agradecendo a vida, a origem, que seus projetos prosperam.

E se tiver traumas que sozinho não dá conta, conte comigo. A hipnose é uma ferramenta incrível que ajuda a ressignificar suas dores.

Fique bem, até semana que vem!

Bacharel em Direito, Administradora, Terapeuta para Mulheres, Hipnoterapeuta e Organizadora do Movimento Mulher de Identidade.

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