Rachel Poubel

10 de julho de 2022
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#103_Auto-observação, o caminho para a verdadeira identidade

Ontem cheguei ao Brasil, um eu diferente, com uma imensa bagagem cultural, espiritual, enfim, de vida. Quando sai daqui para ficar 20 dias do outro lado do oceano, não imaginei os desafios, as aventuras, as dores e as alegrias que viveria.

Eu saí da zona de conforto, que tanto se fala. Não tive conforto em momento algum, tudo era diferente, as vezes estranho. Houve dias que não usei minha língua portuguesa e já ouvia meus pensamentos em espanhol e inglês, parecia não ser eu. Mas não era mesmo, mas sim um novo eu, a que venceu o desafio de ir enfrentar os medos. Quando se vence um desafio, uma nova força vem, junto com aprendizados e mudanças.

No canal de Veneza eu chorei, uma força enorme tomou conta de mim, foi o entendimento de que era real, eu estava vivendo o que um dia fora um sonho, a gratidão tomou conta de mim, meu corpo se encheu de gratidão e o choro foi a materialização do sentimento que experimentei.

O maior desafio foi precisar me dirigir às pessoas, os europeus em sua maioria parecem não querer nem conversar, falam em tom ríspido, até mesmo os que estão servindo ao turismo. Acostumada com o turismo brasileiro, onde sou tratada muitíssimo bem, estranhei.

Mas sabe que a maior lição de todas é que, eu como brasileira, amo a cultura que vivo, o calor humano, a comida temperada com alho e muito sabor, amo os lugares do Brasil. Quando alguém me disser que Gramado nem parece Brasil, parece a Europa, eu tenho a resposta: ah não parece não, lá o povo trata bem o turista, é alegre e simpático, é sim uma cidade organizada por descendentes europeus, mas temperada com o sabor do Brasil.

É muito bom dividir essa experiência com vocês, porque eu, que sempre falo de identidade, precisava de um tempo sozinha para entender a minha. A resposta é que a identidade é uma construção que dura a vida inteira, mas que pode ser experimentada todos os dias durante o caminho.

Se você tem algo que te incomoda, que gostaria que fosse diferente, não ignore; é sua identidade chamando. É que muitas vezes a vida vai acontecendo, problemas aparecem, desafios e não paramos para pensar o que realmente nos faz bem.

Talvez o trabalho que você faz hoje não é o compatível com sua identidade, mas é o que paga suas contas. Talvez a maneira que vive com seus parentes não é a que gostaria, poderia ter mais limites e nunca os colocou. Talvez não está vivendo o relacionamento amoroso do jeito que imaginou, não se tratam como acha que deveria e está incomodada. Talvez seja hora de parar de viver para agradar os outros, parar de ignorar seus desejos pessoais, os lugares que quer ir, as comidas que quer comer, as roupas que quer vestir.

Olhar para os detalhes que fazem a diferença na sua vida.

Eu te convido hoje, a fazer uma viagem dentro da sua mente, tire um tempo para você, coloque uma música que você goste, deite, feche os olhos e fique um tempo imóvel. Se os pensamentos vierem respire fundo e preste atenção no seu corpo, na sua respiração. Depois quando terminar, abra os olhos e faça uma lista de pelo menos cinco coisas que quer mudar na sua vida.

Procure uma imagem que represente cada desejo e imprima, cole-as em um lugar que possa ver todos os dias. E diariamente tire um tempo para olhar as imagens e trazer à sua mente os seus sonhos. Assim você estará conduzindo seus pensamentos para realizar os seus sonhos.

Além desse exercício, todos os dias ao acordar fale frases encorajadoras, para que sua mente entenda o quanto você acredita em si mesma. Você é a única pessoa que precisa entender e acreditar em seus sonhos. Porque só você pode conduzir sua vida. As pessoas podem te acompanhar, mas a vida é sobre você e você mesmo. Se sente uma dor, alguém pode até segurar sua mão, mas só você sente.

Algumas pessoas admiram minha coragem de ir sozinha à Europa, outros julgam, mas só eu fui e vivi essa experiência.

E você, o que vai fazer para si a partir de hoje?

Fique bem, conte comigo!

Bacharel em Direito, Administradora, Terapeuta para Mulheres, Hipnoterapeuta e Organizadora do Movimento Mulher de Identidade.

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