Rachel Poubel

29 de dezembro de 2022
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#124 – Eu sou mulher mãe, não louca

Desde de sempre a sobrecarga da mulher é tida como exagero, loucura.

Freud associou a histeria como algo único das mulheres e até hoje histérica é a mulher que levanta a voz, que quer ser ouvida. Quando a mulher vira mãe a seriedade aumenta, porque a educação é muito direcionada a ela.

Certa vez uma mãezinha me disse: estou cansada, espero meu filho adolescente chegar na madrugada, falo, repreendo, chamo o pai e peço ajuda e ele não me ajuda, não me apoia.

Educar os filhos não é tarefa simples. Ser responsável pela formação de um ser humano é para “os fortes”. É necessário reconhecer as características única de cada filho, atuar ativamente, sem ser altamente invasivo para ensinar limites e que existem regras que precisam ser seguidas.

Pai e mãe, ou como quer que seja a composição familiar, precisam estabelecer os mesmos direcionamentos para orientação, os mesmos valores, as mesmas regras. Sempre chegando a um consenso.

Ter filhos é sinônimo de mudança na rotina, e ambos precisam estar envolvidos na criação do filho.

Dialogar sobre as decisões referente aos filhos é fundamental, desde pequenos detalhes. Nenhum deve tirar a autoridade do outro. Entrar em divergência deixam a criança confusa, demonstrando que nem eles sabem o que é melhor para a criança. A necessidade de comunicação é muito maior se na criação existe a participação de uma terceira ou mais pessoas, principalmente os avós.

A ruptura entre a comunicação entre os pais não acontece apenas entre os que vivem separados. Se agrava entre os que vivem juntos. A falsa impressão de um pai presente, que mora junto e não precisa fazer nada para educar, as vezes dá uma bronca mas acha que é a mãe que deve educar. Pai junto e ausente é uma realidade.
Os homens têm total responsabilidade sobre a paternidade. Se não moram juntos é preciso pensar na criança sem o sentimento de casal. Ah mas isso é difícil, pode me dizer. Por isso terapia é fundamental. Nunca, mesmo separados um deve permitir e outro vetar, tirar a autoridade.

As mulheres devem parar de tentar fazer sozinhas. A criança está prestes a nascer, senta e estabeleça as regras do puerpério. A criança está se desenvolvendo, estabeleçam regras em conjunto sobre a nova fase da criança. Está na fase escolar, vão juntos à escola entender o que for preciso. Assim a vida toda do filho deve acontecer.

Nós mulheres precisamos parar agora de nos responsabilizar sozinhas pela educação do filho e sermos chamadas de histéricas, loucas, exageradas, quando o que queremos é o melhor para o nosso filho.

Se hoje na sua casa não está tendo diálogo. Para tudo!

Chame sua parceria para uma conversa, olho no olho, fale o que sente. Não permita que seu filho cresça sem o respeito a autoridade, as regras, porque é isso que vai acontecer se vocês não falarem a mesma língua.

Seus filhos são seus maiores tesouros, seja firme na educação. Não abra mão de dar o melhor para ele, não tem receita, mas você vai dar o que acha ser o melhor.

Bacharel em Direito, Administradora, Terapeuta para Mulheres, Hipnoterapeuta e Organizadora do Movimento Mulher de Identidade.

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