Uma operação do Ministério do Trabalho e Emprego, com apoio da Polícia Rodoviária Federal, resgatou 11 trabalhadores submetidos à condições análoga à escravidão em uma propriedade rural de Rio Bananal, Norte do Espírito Santo.
Os trabalhadores eram mantidos em alojamentos com péssimas condições sanitárias e submetidos a situação degradante de trabalho.
A água para consumo humano era retirada de um poço nas proximidades, sem cobertura e qualquer tipo de filtragem. Os fiscais constataram que os alojamentos eram extremamente apertados, onde mulheres, homens e adolescentes dividiam o mesmo espaço.
Também foram encontrados problemas nas instalações elétricas, com risco de curto-circuito e choques elétricos, não havia armários, roupa de cama e local para as refeições.
Em outro alojamento havia um cupinzeiro e os insetos caiam sobre a cama. Ao lado de um dos alojamentos havia um depósito de agrotóxicos, armazenado de forma inadequada, expondo os trabalhadores ao risco de contaminação.
Eles não recebiam equipamentos de proteção individual, apesar do grande risco inerente a atividade. Segundo relato das pessoas resgatadas, dois trabalhadores já haviam ido embora, devido as péssimas condições, mas foram sem indenizações trabalhistas e pagaram sozinhos a passagem de retorno.
Os trabalhadores haviam sido recrutados pelo empregador no estado da Bahia, com promessas de ganhos elevados e bons alojamentos. Entretanto, nenhum deles teve sua carteira de trabalho assinada.
Diante das graves irregularidades, o empregador foi notificado pelos auditores do trabalho, sendo providenciado o pagamento das verbas rescisórias e o transporte dos trabalhadores até o local de origem da contratação, nos municípios de Medeiros Neto e Teixeira de Freitas.
De acordo com os auditores do trabalho, o pagamento foi feito na última sexta-feira (10) e os trabalhadores embarcados em um veículo tipo van contratado pelo empregador. O dono da propriedade pagou cerca de R$ 81 mil em verbas de rescisões.
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