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Caso Georgeval: ex-pastor começa a ser julgado nesta terça em Linhares

17 abr 2023 - 14:20

Redação Em Dia ES

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O júri foi adiado após a defesa do réu abandonar o fórum alegando falta de segurança para a realização do julgamento
O júri aconteceria no início do mês, mas foi adiado após manobra da defesa. Foto: Fernando Madeira/Reprodução. Montagem: Em Dia ES

Depois de ter sido adiado no início do mês, o julgamento do ex-pastor Georgeval Alves vai acontecer nesta terça-feira (18), em Linhares. O réu é acusado de estuprar, matar e queimar vivos o filho Joaquim Alves, de 3 anos, e o enteado, Kauã Butkovsky, de 6. O crime aconteceu em 2018.

De acordo com a Justiça, a previsão é de que o julgamento dure aproximadamente três dias. O júri foi adiado após a defesa do réu abandonar o fórum alegando falta de segurança para a realização do julgamento.

Com isso, a Justiça multou em R$ 66 mil cada um dos quatro advogados que compõem defesa. Também manteve a prisão de Georgeval e indeferiu o sigilo do processo, conforme pediu a defesa do acusado.

Durante a semana, a defesa do ex-pastor divulgou um laudo em que aponta que o acusado não apresenta nenhum sintoma de psicopatia.

O laudo é assinado pelo psiquiatra forense Hewdy Lobo Ribeiro e foi encomendado pelos advogados de Georgeval com a finalidade de avaliar se o pastor tem características psicológicas compatíveis com a de uma pessoa que poderia cometer os crimes em que ele é acusado.

O parecer revela “ausência de critérios técnicos clínicos para psicopatia, transtorno antissocial, histriônico e narcisista”.

Entenda como será o Júri
Ao todo serão ouvidos 15 testemunhas e cinco peritos prestarão esclarecimentos. O plenário do fórum de Linhares possui 107 assentos, dos quais 25 serão reservados para os jurados.

Georgeval Alves Gonçalves será levado a julgamento, sob acusação da prática dos crimes de homicídio qualificado, estupro de vulnerável e tortura contra as duas crianças

Normalmente a sessão do júri tem início com a análise, pelo juiz-presidente, de casos de isenção, dispensa de jurados e pedidos de adiamento, se houver.

Em seguida, o magistrado sorteia os jurados e compõe o conselho de sentença, para dar início, então, à instrução plenária, quando serão ouvidas as testemunhas de acusação, as testemunhas de defesa e será interrogado o acusado.

Encerrada a fase de instrução, será concedida a palavra ao Ministério Público para fazer a acusação. Logo depois, a defesa fará uso da palavra. “O tempo destinado à acusação e à defesa será de uma hora e meia para cada, de uma hora para a réplica e outro tanto para a tréplica”.

Concluídos os debates entre acusação e defesa, o presidente perguntará aos jurados se estão habilitados a julgar ou se necessitam de outros esclarecimentos. Não havendo nenhum empecilho, o juiz conduzirá os jurados, o membro do MPES, o assistente e o defensor à sala especial de votação e prosseguirá à fase de questionamento e votação.

O caso
O crime aconteceu no dia 21 de abril de 2018, na residência onde a família morava no Centro de Linhares. As crianças morreram após terem sido abusadas sexualmente e queimadas vivas. Elas estavam em casa, com o ex-pastor. A mãe das crianças estava em Minas Gerais com o filho mais novo do casal.

Sete dias após o crime o ex-pastor foi preso, ainda durante o inquérito policial. Ele permanece o Centro de Detenção Provisória de Viana 2, na Grande Vitória.

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Atualizado: 17/04/2023 19:14

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