Os remadores prestaram assistência encontrando em contato com o CTA Meio Ambiente
Um boto-cinza foi encontrado morto por um grupo de remadores de canoa haviana na Baía de Vitória, na capital, na manhã deste domingo (6). O CTA Meio Ambiente atendeu a ocorrência e o animal vai passar por uma necrópsia para identificar a causa da morte.
O coordenador do Projeto Amigos da Jubarte, Thiago Ferrari, contou que remadores de canoa havaiana navegavam pela Baía de Vitória, quando se depararam com um grupo de golfinhos. Eles nadavam bem próximos à canoa, em uma região próxima às ilhas da capital.
“Até parecia que eles queriam chamar a atenção. Quando os remadores prestaram a atenção mais perto, perceberam que um boto-cinza (Sotalia guinensis) estava boiando sem vida, na área onde os outros nadavam”, relatou em um post no perfil do Projeto Amigos da Jubarte.
Os remadores prestaram assistência encontrando em contato com o CTA Meio Ambiente para fazer o atendimento da ocorrência por meio do Programa de Monitoramento das Praias (PMP-ES).
“Ficamos tristes. Esses botos são objetos de estudo do Projeto Amigos da Jubarte e Projeto Golfinhos do Brasil, que fazem parte do monitoramento desse grupo e de outros cetáceos na plataforma da Grande Vitória”, disse Thiago.
O coordenador explicou que a presença desses animais é bem comum na Baía de Vitória. É possível vê-los bem próximos às praias da Grande Vitória, principalmente no amanhecer e ao entardecer, quando eles estão buscando alimentos.
Ainda segundo o coordenador, redes de pesca, embarcações rápidas e lixo marinho podem representar grande risco à esses botos que nascem, se alimentam, se reproduzem e residem em regiões costeiras do Espírito Santo.
No entanto, o coordenador esclarece que ainda não é possível determinar a causa da morte do animal. “Ainda é necessário fazer a necrópsia desse animal para saber a causa da morte. Mas uma das situações possíveis é que esses animais caçam os mesmos peixes que os pescadores estão pescando. Nessa interação com redes de pesca, eles podem se emalhar acidentalmente, sendo possível que morreram afogados ou por inanição. Outra causa possível é o atropelamento por lanchas rápidas ou jet ski. Também não podemos descartar a poluição”, disse o coordenador do Projeto Amigos da Jubarte.
Em situações como essas, se encontrar animais marinhos vivos ou mortos, é importante entrar em contato com técnicos autorizados para o atendimento da ocorrência por meio do telefone 0800 039 5005. Dessa forma, é possível saber após necropsia a causa da morte desses animais e atuar junto a sociedade para que cenas tristes como essa não voltem a acontecer.
