Você sabia que, todos os anos, o Brasil despeja cerca de 13 milhões de toneladas de plástico nos oceanos? Esse número alarmante coloca o país entre os maiores poluidores marinhos do planeta. E mais: esse plástico não desaparece. Ele se fragmenta em partículas minúsculas, conhecidas como microplásticos, e volta para nós, na água, no sal, nos peixes e até no ar que respiramos.
Segundo estudos recentes, cada pessoa consome, em média, 5 gramas de microplástico por semana, o equivalente a um cartão de crédito. E, se nada mudar, até 2050 poderemos ter mais plástico do que peixes nos oceanos.
“A poluição plástica é silenciosa, mas devastadora. Ela ameaça a vida marinha, contamina os alimentos e impacta diretamente a nossa saúde e a dos ecossistemas”, alerta Luana Romero, especialista em ESG e sustentabilidade.
Números que chocam
- Mais de 800 espécies marinhas já foram afetadas pela ingestão ou enroscamento em plástico.
- 92% do lixo encontrado em praias brasileiras é composto por plástico descartável, como copos, talheres, sacolas e canudos.
- O microplástico já foi detectado em placentas humanas, leite materno e sangue.
Atitudes que transformam
A mudança começa com a consciência. Pequenas atitudes diárias, somadas a ações coletivas, podem gerar um impacto imenso. Precisamos agir com urgência e responsabilidade.
“A boa notícia é que há soluções reais em andamento. Organizações, empresas e governos já investem em inovação, economia circular e novas políticas de consumo. Mas o movimento precisa crescer e também depende de cada um de nós. Nossas escolhas diárias fazem a diferença e podem impulsionar transformações maiores, começando dentro de casa, nas empresas e nas comunidades”, reforça Luana Romero.
O que podemos fazer
Embora mudanças estruturais dependam de políticas públicas e transformações nas cadeias produtivas, as atitudes individuais também são fundamentais para promover a mudança. Comece por aqui:
- Diga não ao descartável: evite canudos, copos e talheres plásticos.
- Leve sua ecobag, sacola reutilizável e garrafinha de água.
- Recuse embalagens desnecessárias.
- Escolha cosméticos sem microplásticos, como alguns sabonetes e esfoliantes.
- Separe o lixo corretamente e incentive a coleta seletiva no seu bairro.
Afinal, proteger os oceanos é proteger a nossa própria saúde, nosso clima e nosso futuro.