51,8% dos brasileiros pretendem comprar presentes para o Dia das Mães, celebrado no próximo dia 14 de maio – mais do que no ano passado, quando o percentual chegou a 50%. Os dados são nacionais e foram levantados pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O levantamento mostra também que 30,2% não têm a intenção de fazer compras no período, enquanto outros 18% não sabem.
Considerada a segunda data mais importante do comércio no país, ficando atrás apenas do Natal, o Dia das Mães deve movimentar R$ 281 milhões em vendas no Espírito Santo, conforme identificou a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES).
O levantamento traz, ainda, os presentes mais procurados na data, que incluem vestuários, calçados e acessórios, que devem responder por 44,6% do faturamento no Dia das Mães. Além disso, móveis e eletrodomésticos (16,3%); e perfumaria e cosméticos (16%) também figuram na lista dos produtos mais demandados. O valor médio desembolsado pelos capixabas para o presente das mães deve ficar em torno de R$ 200.
De acordo com Idalberto Moro, presidente da Fecomércio-ES, além de contribuir para alta nas vendas do comércio, o Dia das Mães também é uma oportunidade para movimentar a cadeia de serviços, especialmente os de alimentação fora de casa, salões de beleza e estética.
Presentes entre R$50 e R$300
Segundo os dados nacionais, do grupo de entrevistados que planejam presentear suas mães, 41,2% pretendem gastar mais do que em 2022, com a grande maioria dos que pretendem gastar, 78,8%, dizendo que devem desembolsar entre R$ 50 e R$ 300. Enquanto 30% demonstram o contrário, índice menor do que em 2022.
A maioria das compras deve ser feita em pequenos estabelecimentos e comércios (46,2%). Já a maioria pretende adquirir produtos de forma presencial, em lojas físicas (61%). A área de vestuário segue como um dos principais itens para presentear as mães, com 57,7%, percentual menor do que o da pré-pandemia (80%).
O levantamento indica ainda que há importante diminuição da disposição a comprar de forma parcelada, em relação às intenção de 2022. Mas para a maioria dos itens continua observando-se a preferência pela utilização de dinheiro em espécie e cartões de débito, se comparado à modalidade PIX como forma de pagamento à vista.
“Essa importante mudança poderia estar associada ao retorno das atividades presenciais, reduzindo a prática do home office e a permanência no lar, e também poderia indicar a menor disposição a comprar itens mais caros, dado o menor crescimento da renda e o encarecimento do crédito. A baixa intenção de aquisição de viagens, por exemplo, também poderia estar associada à piora das condições financeiras enfrentada pelas famílias. Essa diminuição da intenção de parcelamento das compras poderia estar associada aos maiores juros, menores prazos de financiamento e menor disponibilidade de crédito para o consumo”, explica o economista da ACSP Ulisses Ruiz de Gamboa à Agência Brasil.