política

Ales pode economizar até R$ 1,5 milhão por ano com novo plano sustentável

15 out 2025 - 06:00

Redação Em Dia ES por Julieverson Figueredo

Share
Iniciativa prevê redução de 50% no consumo de água e de até 40% na conta de energia, além de outras metas ambientais e econômicas para a gestão de recursos públicos
Assembleia Legislativa lança plano para economizar até R$ 1,5 milhão por ano com sustentabilidade. Foto: Paula Ferreira

A Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) apresentou, na tarde desta terça-feira (14), o seu Plano de Sustentabilidade Institucional (PSI) aos deputados estaduais em uma reunião na sala da Presidência. A iniciativa tem como objetivo principal promover a gestão eficiente e a utilização racional de recursos, com uma economia estimada de até R$ 1,5 milhão por ano através de ações que incluem a redução no consumo de água, energia e papel.

O presidente da Casa, Marcelo Santos (União), afirmou que o plano visa garantir economia e sustentabilidade, reduzindo os gastos. Ele apontou problemas estruturais que precisam de solução.

“Nós temos um consumo de água excessivo, um cabeamento elétrico totalmente ultrapassado, com a possibilidade de colocar células fotovoltaicas. Nós temos um descarte do lixo que não é totalmente adequado, por mais que já tenhamos iniciado um processo, precisamos fazer que ele alcance toda a Assembleia”, detalhou.

Segundo o presidente, a implementação do plano pode resultar em uma economia significativa para os cofres públicos.

“Vai gerar uma economia para os cofres públicos de aproximadamente 50% daquilo que nós temos, por exemplo, destaco o consumo de energia e de água. (…) Nós vamos melhorar a questão ambiental, mas a economia de recurso público é fundamental porque nós temos que mostrar para a população que nós tratamos com muito zelo o recurso público que é do cidadão, que faz com que tenhamos o funcionamento da Assembleia”, declarou Santos.

Metas e indicadores
O plano faz parte de um conjunto de iniciativas capitaneadas pela Diretoria de Sustentabilidade da Ales. De acordo com o diretor da área, Sergio de Sá, o objetivo é sistematizar as ações e monitorar os resultados. A estimativa total de economia anual pode chegar a R$ 1,5 milhão.

“O plano de sustentabilidade é justamente para apresentar as iniciativas, para ter indicadores. Nada mais importante no setor público que você ter indicadores, quanto que você está reduzindo de consumo de energia, de água, então esse plano vem com esse propósito de sistematizar os projetos, apresentar as informações, envolver os servidores para que de fato a sustentabilidade saia do papel e seja apresentada para a sociedade”, ressaltou de Sá.

A apresentação técnica aos parlamentares foi conduzida pelo subdiretor de Sustentabilidade, Williman Andrade, que detalhou algumas das metas financeiras.

“A gente vai trabalhar um projeto em redução de 50% do volume de água. Estima-se quase R$ 200 mil ano de economia. Outro ponto é a energia elétrica, pagamos em média R$ 150 mil por mês, então com projetos de energia fotovoltaica utilizando uma própria estrutura ou alugando essa energia de fazenda fotovoltaica, a gente tem estimativa de 30% a 40% de redução dessa conta”, salientou.

Diretrizes do plano
O Plano de Sustentabilidade Institucional (PSI) é guiado por diretrizes claras, como o uso racional de água e energia elétrica, a gestão adequada de resíduos sólidos com estímulo à coleta seletiva, a redução do consumo de papel com incentivo à tramitação eletrônica e a adoção de critérios de sustentabilidade em licitações. O plano também prevê a promoção da educação ambiental e o monitoramento de indicadores de desempenho.

A Diretoria de Sustentabilidade será a responsável pela elaboração, implementação e monitoramento do PSI, sob supervisão da Mesa Diretora. Um documento detalhado com todas as metas, indicadores e ações específicas será publicado nos próximos 90 dias.

Entre as metas já estabelecidas, destacam-se:
. Reduzir o consumo de papel em 50% em 2 anos;
. Eliminar 100% do uso de papel em comunicações internas em até 1 ano;
. Trocar 100% da iluminação por lâmpadas de LED em áreas comuns em 1,5 ano;
. Implantar sensores de presença em 100% das salas de reuniões em 1 ano;
. Reduzir em 30% o consumo médio de água em 2 anos.

Ao final da apresentação, Williman Andrade reforçou que o sucesso da iniciativa depende do engajamento coletivo. “Ninguém faz nada sozinho. Então, se não tiver participação dos servidores tanto da área administrativa quanto da área parlamentar e com o apoio dos seus diretores, dos secretários, dos parlamentares, nada funciona. (…) O envolvimento é essencial”, concluiu.

0
0

Se você observou alguma informação incorreta em nosso conteúdo, nos avise. Clique no botão ALGO ERRADO, vamos corrigi-la o mais breve possível. A equipe do EmDiaES agradece sua interação.

Comunicar erro

* Não é necessário adicionar o link da matéria, será enviado automaticamente.

A equipe do site EmDiaES agradece sua interação.