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PF deflagra operação na prefeitura de São Mateus e prende dois suspeitos por desvio de recursos públicos

26 nov 2024 - 17:08

Redação Em Dia ES

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Servidores públicos e empresários são investigados por fraudes em licitações e lavagem de dinheiro; bens foram bloqueados e apreensões realizadas
PF deflagra operação na prefeitura de São Mateus e prende dois suspeitos por desvio de recursos públicos. Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal prendeu em flagrante, nesta terça-feira (26), dois indivíduos durante a Operação Morada Ilusória, que investiga desvio de recursos públicos, direcionamento de licitações e lavagem de dinheiro na Prefeitura de São Mateus, no norte do Espírito Santo. Os alvos incluem servidores públicos e empresários ligados a processos de contratação pública realizados pela Secretaria de Obras do município.

A operação cumpriu oito mandados de busca e apreensão, resultando na prisão de um dos investigados por porte de arma de fogo de uso permitido e receptação. Além disso, foram bloqueados aproximadamente R$ 220 mil e apreendidos quatro veículos, documentos e mídias, que serão encaminhados para perícia.

Fraudes com imóveis usados como propina
De acordo com a Polícia Federal, as investigações apontam para o direcionamento de licitações em favor de determinadas empresas, que, em troca, realizariam pagamentos de propina a servidores do município por meio de imóveis. Como parte das medidas cautelares, a Justiça determinou o bloqueio de até R$ 2,9 milhões em valores, visando à recuperação de ativos e ao ressarcimento ao erário público.

A Prefeitura de São Mateus é administrada pelo prefeito Daniel Santana Barbosa, conhecido como Daniel da Açaí. Em nota enviada ao Em Dia ES, a Prefeitura de São Mateus informou que não recebeu nenhuma notificação formal sobre a suposta investigação mencionada, e que “até o momento, todas as informações chegaram ao nosso conhecimento exclusivamente por meio da mídia”.

A Prefeitura também declarou que, “em face dos fatos relatados e das informações divulgadas pela imprensa, decidiu instaurar um processo administrativo para apurar os acontecimentos de forma detalhada. O objetivo é garantir a transparência e a responsabilidade na gestão pública”.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, porte de arma de fogo de uso permitido e receptação. Para peculato, as penas previstas variam de 2 a 12 anos de reclusão; para lavagem de dinheiro, de 2 a 10 anos. As investigações prosseguem para identificar outros possíveis envolvidos e consolidar as provas coletadas.

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Atualizado: 27/11/2024 05:56

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