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Morre Anderson Leonardo, vocalista do grupo Molejo, aos 51 anos

26 abr 2024 - 15:37

Redação Em Dia ES

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Anderson lutava contra um câncer na região inguinal há um ano e meio, conforme confirmado pela assessoria do cantor e pelo perfil oficial do grupo
Morre Anderson Leonardo, vocalista do grupo Molejo, aos 51 anos. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Anderson Leonardo, vocalista e cavaquinista do Molejo, um dos grupos mais famosos e irreverentes do pagode dos anos 1990, morreu nesta sexta-feira (26) aos 51 anos.

O músico foi internado no hospital Unimed, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, no dia 27 de fevereiro, com fortes dores após sessões de radioterapia para tratar um câncer inguinal raro, na região da virilha.

Quem foi Anderson Leonardo?
Filho do produtor Bira Haway (que, como técnico de som do Estúdio Haway, na região da Central do Brasil, gravou nos anos 1970 discos de Jamelão, Elza Soares, Fagner, Alcione, Fafá de Belém, Novos Baianos e Belchior, além de LPs de escolas de samba), Anderson nasceu e foi criado no bairro da Abolição, na Zona Norte do Rio, onde viveu cercado pelo samba.

Um de seus melhores amigos de infância era Andrezinho, filho do ex-diretor de bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel, Mestre André, o inventor das paradinhas.

Os dois meninos fizeram shows folclóricos no exterior, nos quais tocavam músicas de capoeira e executavam acrobacias com o pandeiro.

No fim dos anos 1980, Bira Haway montou o Molejo como uma banda de baile. No começo dos 90, Anderson e Andrezinho (surdo e vocal) assumiram a banda e se juntaram a Claumirzinho (pandeiro e vocal), Lúcio Nascimento (percussão e vocal), Robson Calazans (percussão e vocal) e Jimmy Batera (bateria).

Orientados por Bira (que mais tarde produziria, além do Molejo, grupos como produtor de Revelação, Exaltasamba, Pixote), misturaram o samba-pop e bem-humorado dos Originais do Samba com as inovações introduzidas no samba de raiz pelo grupo Fundo de Quintal.

“Queríamos ser uma banda de baile, e nosso primeiro nome era Nossa Banda. Depois, mudou para Grupo Molejo que era o nome da banda do meu pai. Por querer ser uma banda de baile é que temos toda essa alegria, esse repertório e sempre estar cantando músicas de outros artistas e outros companheiros”, disse Anderson ao jornal “O AbreCampense”.

Em 1994, o Molejo lançou seu primeiro LP, “Grupo Molejo”, que estourou com o samba-rock “Caçamba” (“está tudo aí / que papo legal / estão dizendo lá no gueto / que você tem um suingue legal”).

Os discos seguintes trariam “Paparico” (“arranjei um carro importado / uma beca e um celular / na verdade era tudo emprestado / não tenho nem onde morar”), “Brincadeira de criança” e a “Dança da Vassoura” (“diga aonde você vai / que eu vou varrendo”).

Para sublinhar a alegria dos sambas, era fundamental a presença de Anderson, com o seu riso largo, sua voz rouca e uma dentição muito particular — que ele optou por corrigir em 2015.

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Atualizado 26 abr 2024 - 15:45

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