No Espírito Santo, mais de 140 pessoas procuraram a Defensoria Pública da União (DPU) com pedidos de ajuda
No Brasil, mais de 50 milhões de pessoas já foram contempladas com o auxílio emergencial. Apesar disso, milhares de brasileiros ainda não receberam o benefício por conta de erros cadastrais. No Espírito Santo, mais de 140 pessoas procuraram a Defensoria Pública da União (DPU) com pedidos de ajuda.
Desde o mês de abril, Marinalva de Oliveira tenta receber o benefício de R$ 600 do Governo Federal. No entanto, ainda não conseguiu ser aprovada porque no cadastro da Justiça Eleitoral consta que ela exerce o cargo de vereadora. Ela foi candidata por duas vezes, mas nunca se elegeu. “Em 2012 eu fui candidata em Venda Nova do Imigrante, mas não fui eleita. Em 2016 também. Agora quero que me provem aonde que eles viram que eu sou vereadora. Necessito dessa ajuda do governo”, afirmou.
A chefe da Defensoria Pública no estado, Aline Pacheco, explica a situação de Marinalva. “O cidadão que exerce cargo eletivo não pode receber o auxílio assistencial. Para saber se ele se enquadra ou não, são consultados dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Porém, essa base de dados forneceu informações de pessoas que foram apenas candidatas e de quem se elegeu”, explicou
Outra situação recorrente, segundo Aline, é o de pessoas que tiveram a análise negada por conta de dados desatualizados na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).
Além desses casos, uma infinidade de outras situações obriga uma investigação profunda para descobrir onde estão os erros no cadastro da pessoa física. “O pedido que eu faço é que encaminhem por e-mail os documentos relativos a dados pessoais, comprovante de renda e residência. Também é necessário enviar o status do pedido do auxílio”, ressaltou.