política

Empresário é preso em flagrante por falso testemunho durante CPI das Bets no Senado

29 abr 2025 - 16:15

Redação Em Dia ES

por Julieverson Figueredo, com informações de Agência Brasil

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Daniel Pardim negou conhecer sócia de empresa investigada por lavagem de dinheiro e foi detido após relatora apontar contradições em seu depoimento
Empresário é preso em flagrante por falso testemunho durante CPI das Bets no Senado. Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O empresário Daniel Pardim Tavares Lima foi preso nesta terça-feira (29), acusado de falso testemunho durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, no Senado. Pardim negou conhecer Adélia de Jesus Soares, sua sócia na empresa Peach Blossom River, o que foi considerado falso pelos parlamentares.

A relatora da CPI, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), solicitou a prisão em flagrante do empresário, e o pedido foi acatado pelo presidente da comissão, senador Dr. Hiran (PP-RR).

“Vou pedir vênia aqui, mas, senhor Daniel Pardim Tavares Lima, o senhor está preso. O senhor e seus advogados vão poder explicar em um habeas corpus [HC]”, declarou a relatora Thronicke.

O advogado do empresário, Lucas Monteiro Faria, acusou a parlamentar de abuso de autoridade e negou que seu cliente tenha mentido. “Eu gostaria somente que se justificasse qual foi a mentira que ele pregou aqui. Não houve nenhuma mentira”, afirmou.

O senador Hiran suspendeu os trabalhos por cinco minutos para discutir o pedido de prisão. Ao reabrir a sessão, decidiu atender à solicitação da relatora.

“Em virtude dessa solicitação de prisão em flagrante, eu solicito à Polícia Legislativa do Senado que tome as providências para lavrar o auto de prisão”, informou o presidente da CPI.

Dr. Hiran também afirmou que a advogada Adélia de Jesus Soares, sócia do empresário Daniel Pardim, deve ser conduzida à força à CPI para prestar depoimento. Ela havia sido convocada para comparecer nesta terça-feira, mas não apareceu.

Em entrevista à TV Senado após a reunião, a senadora Soraya Thronicke declarou que, como testemunha, o empresário tinha a obrigação de falar a verdade sobre fatos que não o incriminassem. “Ele começou mentindo que não conhecia os seus sócios. Imagina, ninguém constitui uma sociedade com alguém que não conhece ou com quem nunca falou. O que nos parece é que ele é um chamado ‘laranja’. Ele mentiu mais de três ou quatro vezes, e nós demos a chance, perguntamos várias vezes”, afirmou.

A CPI do Senado investiga a crescente influência dos jogos virtuais de apostas online no orçamento das famílias brasileiras, além da possível associação das bets com organizações criminosas para lavagem de dinheiro e o uso de influenciadores digitais na promoção dessas atividades.

A empresa Peach Blossom River Technology, que participa de outra companhia chamada Payflow, atua no setor de pagamentos digitais e presta serviços às apostas online, segundo a relatora. A Payflow é investigada pela Polícia Civil do Distrito Federal por indícios de lavagem de dinheiro e transferências ilegais.

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Atualizado: 29/04/2025 16:52

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