O Governo do Espírito Santo mobilizou a rede estadual de saúde e está em alerta diante do risco de intoxicação por metanol após a ingestão de bebida alcoólica adulterada, uma situação que já registra casos em outros estados do país. Na manhã desta quinta-feira (9), o governador Renato Casagrande confirmou a prontidão do estado para lidar com possíveis emergências, enquanto a Secretaria da Saúde (Sesa) informou que, das 13 notificações recebidas, 12 foram descartadas e um caso segue em monitoramento no município de Marataízes.
Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, o governador Renato Casagrande se dirigiu à população para esclarecer as medidas que estão sendo tomadas. Ele assegurou que, embora não haja confirmação de casos, o estado está preparado para agir.
“Gente, vocês estão acompanhando que alguns estados estão registrando casos de intoxicação por bebida adulterada com metanol. Aqui no Espírito Santo nós estamos atentos e com toda a rede de saúde mobilizada. Até agora tivemos algumas notificações, mas nenhum caso confirmado”, declarou o governador.
Casagrande também detalhou as ações preventivas do governo. “Nossa rede hospitalar está preparada e já garantimos um estoque de antídoto para qualquer emergência. Estamos acompanhando tudo de perto com responsabilidade e agilidade”, finalizou.
Balanço da saúde
De acordo com o mais recente comunicado da Secretaria da Saúde, emitido às 18h30 de quarta-feira (8), o Espírito Santo não possui nenhum caso confirmado de intoxicação por metanol. O boletim detalha que foram registradas 13 notificações suspeitas nos municípios de Colatina, Guaçuí, Serra, Viana, Vila Velha, Cariacica, Marataízes e Vitória.
Deste total, 12 casos foram oficialmente descartados após análise. O único caso que permanece sob investigação é de um paciente no município de Marataízes.
A Sesa esclarece que a notificação de um caso como suspeito é um procedimento padrão, realizado assim que o paciente dá entrada em qualquer unidade de saúde, seja ela pública ou privada. O protocolo do Ministério da Saúde determina que, mesmo com exames clínicos negativos, o paciente deve permanecer em observação por 24 horas no serviço de saúde onde foi atendido.
A secretaria informou ainda que, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), não fornecerá informações específicas sobre os pacientes. Novas atualizações sobre a situação serão divulgadas ao final de cada dia.