A Interpol incluiu, nesta quinta-feira (5), o nome da deputada Carla Zambelli (PL-SP) na lista de foragidos internacionais. A inclusão atende a um pedido da Polícia Federal (PF) em cumprimento da determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O nome de Zambelli consta na Difusão Vermelha da Interpol, banco de dados de pessoas procuradas pelas polícias dos 196 países-membros do órgão.
A análise para a inclusão da deputada na rede internacional durou menos de 24 horas.
O nome da parlamentar ainda não está disponível no site da instituição como “procurada”. Segundo integrantes da Interpol relataram à CNN, nem todos os procurados ficam com o nome disponível para consulta na área pública do sistema do órgão.
Ao decretar a prisão preventiva da parlamentar, Moraes disse que o cadastro de Zambelli na relação de foragidos da Interpol era necessária para viabilizar o pedido de extradição – com isso, permitir que a PF cumpra a decisão em território brasileiro.
O diretor de cooperação internacional da Polícia Federal, Felipe Seixas, explicou que o processo de extradição independe de o nome da pessoa foragida estar na Difusão Vermelha. O delegado também destacou que após entrar na lista de foragida internacional, a pessoa, como exemplo, Zambelli, não necessariamente pode ser presa de forma imediata.
“Cada país tem sua regra. No Brasil, por exemplo, a PF realiza a prisão com base em determinação judicial”, acrescentou.
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