política

Carlos Bolsonaro quer fim de cardápios vegetarianos em escolas para atacar a ‘esquerda’

25 abr 2024 - 08:30

Redação Em Dia ES

Com Correio Braziliense

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O projeto de lei de Carlos estipula que a instituição de cardápios vegetarianos e veganos deverão ser proibidos nas escolas
A medida busca impedir o avanço da pauta de alimentação sem origem animal nas escolas. Foto: Renan Olaz/CMRJ

O vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL), filho “zero dois” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apresentou um projeto de lei que proíbe cardápios vegetarianos e veganos nas escolas e creches da capital fluminense. A medida busca impedir o avanço da pauta de alimentação sem origem animal nas escolas que, segundo o parlamentar, é tema “sequestrado” pela “militância mais radical de esquerda”.

O projeto de lei de Carlos estipula que a instituição de cardápios vegetarianos e veganos deverão ser proibidos nas escolas. O filho do ex-presidente também prevê que os professores estarão proibidos de “estimular” a mudança do hábito alimentar dos estudantes por meio de workshops, seminários e palestras.

O Estadão procurou Carlos Bolsonaro, o presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, vereador Carlo Caiado (União) e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), mas não obteve retorno até o momento.

Ao longo da justificativa do projeto de lei, Carlos cita diversas reportagens que, supostamente, dariam razão para a proibição dos cardápios veganos e vegetarianos nas escolas. O parlamentar não cita dados científicos comprovados que possam motivar a medida.

O vereador ainda argumenta que os cardápios vegetarianos são adotados em “função de ecofanatismo alheio”. Por isso, o parlamentar defende que o seu projeto evitaria que o Executivo da capital carioca se intrometa “numa particularidade que inequivocamente pertence às famílias, que não são obrigadas a adotar agendas militantes a título de “alimentação saudável”.

O projeto de lei de Carlos estipula que a instituição de cardápios vegetarianos e veganos deverão ser proibidos nas escolas. O filho do ex-presidente também prevê que os professores estarão proibidos de “estimular” a mudança do hábito alimentar dos estudantes por meio de workshops, seminários e palestras.

O Estadão procurou Carlos Bolsonaro, o presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, vereador Carlo Caiado (União) e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), mas não obteve retorno até o momento.

Ao longo da justificativa do projeto de lei, Carlos cita diversas reportagens que, supostamente, dariam razão para a proibição dos cardápios veganos e vegetarianos nas escolas. O parlamentar não cita dados científicos comprovados que possam motivar a medida.

O vereador ainda argumenta que os cardápios vegetarianos são adotados em “função de ecofanatismo alheio”. Por isso, o parlamentar defende que o seu projeto evitaria que o Executivo da capital carioca se intrometa “numa particularidade que inequivocamente pertence às famílias, que não são obrigadas a adotar agendas militantes a título de “alimentação saudável”.

Carlos está no sexto mandato de vereador no Rio, sendo eleito em todas as ocasiões com a ajuda do capital político do ex-presidente. Quando assumiu pela primeira vez uma cadeira na câmara municipal, em 2000, ele tinha acabado de completar 18 anos.

Em mais de 23 anos na Câmara Municipal, Carlos aprovou 13 projetos que se tornaram leis na capital fluminense. Outros quatro projetos de autoria do parlamentar que foram avalizados pelos vereadores foram posteriormente considerados inconstitucionais.

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Atualizado 25 abr 2024 - 08:50

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