A briga entre gangues rivais é a principal linha de investigação sobre o assassinato do adolescente de 15 anos, morto a tiros na Ilha do Frade, em Vitória, na tarde deste domingo (14). Segundo o pai de Heron Tosi, o menino tinha planos de voltar a estudar.
“Ele ia voltar a estudar. Meu filho ia ter um futuro. Estávamos fazendo de tudo para ele ter um futuro e fizeram essa covardia com ele”, disse o pai da vítima, que trabalha como motorista de aplicativo.
Ele relatou que levou o jovem para passar a tarde na praia. Heron acabou encontrando os suspeitos e foi morto.
De acordo com a Polícia Militar, vários banhistas ligaram para o Ciodes, informando o que havia acontecido. Os suspeitos de 14, 15, 16 e 17 anos foram abordados na Praia do Canto. No carro em que eles estavam os policiais encontraram duas armas com 10 munições ainda intactas e outra seis deflagradas.
Em entrevista à TV Gazeta nesta segunda-feira (15), o secretário afirmou que o adolescente de 15 anos tinha passagens pela polícia por envolvimento no tráfico de drogas e havia ameaçado os outros adolescentes anteriormente. “O jovem que morreu havia ameaçado os outros adolescentes em um passado próximo. E ontem programaram a execução do indivíduo. Ele [Heron] tem passagem pela polícia por tráfico de entorpecentes e já foi apreendido em outras oportunidades. São pessoas se rivalizando que entram no tráfico achando que este será o meio de sobrevivência”, afirmou Alexandre Ramalho
Os quatro jovens teriam chamado o adolescente para a região das pedras da praia, onde os disparos foram realizados. Segundo a Polícia Militar, a morte de Heron Tosi Campos foi constatada no local. Nesta segunda (15), a Polícia Civil informou que os suspeitos, de 14, 15, 16 e 17 anos, conduzidos à Delegacia Regional de Vitória, foram autuados por “ato infracional análogo ao crime de homicídio qualificado cometido por motivo fútil e por recurso que impossibilite a defesa da vítima”. Todos foram encaminhados ao Centro Integrado de Atendimento Socioeducativo (Ciase).