A Corregedoria da Polícia Civil abriu investigação para apurar possível falha no processo de tramitação da medida protetiva solicitada pela enfermeira Íris Rocha, de 30 anos, brutalmente assassinada na última quinta-feira (11). Grávida de 8 meses, ela teve o corpo deixado às margens de uma rodovia estadual em Alfredo Chaves, Sul do Estado, após ser atingida por dois disparos de arma de fogo.
Na tarde desta quinta-feira (18) o ex-namorado dela, Cleilton Santana dos Santos, de 27 anos, foi preso como principal suspeito de assassinar a enfermeira. Durante entrevista coletiva à imprensa, o delegado geral da Polícia Civil do Espírito Santo, José Darcy Arruda, disse que Íris procurou uma unidade policial, onde realizou um boletim de ocorrência, após sofrer uma agressão do então namorado. Ela também fez o pedido de uma medida protetiva contra Cleilton, mas o pedido acabou não tramitando no sistema.
Segundo Arruda, a falha pode ter ocorrida por causa da implantação de um novo sistema para o registro de boletins, o Processo Judicial Eletrônico (PJe), uma plataforma que integra os sistemas eletrônicos da Polícia Civil e dos tribunais de justiça. A comunicação entre estes dois sistemas teria falhado.
“De fato, ela procurou a unidade policial no mês de outubro, no dia 5 de outubro, infelizmente, naquele momento estava sendo implantada uma nova ferramenta chamada PJe, ainda faltava ajustes, naquele momento o expediente não foi tramitado”, informou Arruda.
