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Papa Leão XIV critica desigualdade salarial e faz referência a Musk

15 set 2025 - 10:49

Redação Em Dia ES - Com CNN Brasil

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Em entrevista, pontífice falou sobre pacotes de remuneração de grandes corporações e valores pagos aos executivos
O papa Leão criticou a ONU por não ser mais capaz de promover uma diplomacia multilateral eficaz. Foto: Vatican Pool/GettyImages

O papa Leão XIV criticou pacotes de remuneração corporativa que oferecem a executivos salários muito mais altos do que os de seus funcionários em uma entrevista à mídia divulgada neste domingo (14).

A fala do pontífice fez referência ao recente plano de remuneração de US$1 trilhão da Tesla ao presidente-executivo, Elon Musk.

“CEOs que há 60 anos poderiam estar ganhando de quatro a seis vezes mais do que os trabalhadores estão recebendo 600 vezes mais (agora)”, disse o Leão XIV.

“Ontem (houve) a notícia de que Elon Musk será o primeiro trilionário do mundo”, disse ele. “O que isso significa e do que se trata? Se essa é a única coisa que tem valor, então estamos em um grande problema”, acrescentou o papa.

Durante a entrevista, que foi realizada no final de julho para uma biografia que ainda será lançada, Leão XIV também falou sobre a Organização das Nações Unidas, suas décadas trabalhando como missionário no Peru, como ele está se adaptando ao papel de pontífice e suas esperanças de paz no conflito entre a Ucrânia e a Rússia.

Ele demonstrou um estilo mais reservado do que seu antecessor, o papa Francisco, que frequentemente dava entrevistas, e prefere falar a partir de textos preparados. Os trechos deste domingo foram divulgados pelo site de notícias católicas Crux.

Eleito o primeiro pontífice norte-americano pelos cardeais do mundo em maio para substituir Francisco, o papa Leão criticou a ONU por não ser mais capaz de promover uma diplomacia multilateral eficaz.

“A Organização das Nações Unidas deveria ser o lugar onde muitas (…) questões são tratadas”, disse. “Infelizmente, parece ser geralmente reconhecido que a Organização das Nações Unidas, pelo menos neste momento, perdeu sua capacidade de reunir as pessoas em questões multilaterais.”

Ao se tornar papa, ele disse que se sentiu mais preparado no início para liderar os 1,4 bilhão de católicos do mundo em questões espirituais, mas menos preparado para desempenhar um papel importante no cenário diplomático global.

“O aspecto totalmente novo deste trabalho é ser lançado ao nível de líder mundial”, disse. “Estou aprendendo muito e me sentindo muito desafiado, mas não sobrecarregado.”

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Atualizado: 15/09/2025 11:44

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