
*Por Tyago Hoffmann
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) continua sendo uma das principais causas de morte e incapacidade no Brasil. No Espírito Santo, os números reforçam a necessidade de atenção constante: só nos primeiros meses de 2025, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) registrou uma média de 270 atendimentos mensais relacionados a suspeitas de AVC, com 75% de acerto diagnóstico. Esses dados mostram que, mesmo com avanços importantes, o desafio permanece.
No centro dessa rede de cuidado está o Hospital Estadual Central (HEC), que se consolidou como referência capixaba em neurologia e tratamento de alta complexidade do AVC. A unidade conta com 52 leitos — sendo 26 semi-intensivos — e equipe multiprofissional altamente qualificada, atuando 24 horas por dia no atendimento a pacientes de todo o Estado.
Desde a criação da Unidade de AVC, em 2012, o HEC já realizou mais de 2.000 trombólises venosas e mais de 1.000 trombectomias mecânicas, procedimento que remove coágulos cerebrais de forma minimamente invasiva. Apenas em 2025, o hospital respondeu por cerca de 35% das trombectomias realizadas pelo SUS em todo o Brasil, um indicador que coloca o Espírito Santo entre os destaques nacionais em cuidado neurológico de urgência.
Esses resultados são fruto de uma rede que funciona de forma integrada, unindo o SAMU, as unidades de pronto atendimento e o HEC em um fluxo assistencial ágil e seguro. Essa integração permite que o paciente chegue ao hospital em tempo hábil para receber o tratamento correto — o que faz toda a diferença na recuperação e na redução de sequelas.
O HEC também se destaca pela atuação científica. A unidade participa de pesquisas multicêntricas internacionais, incluindo estudos com publicação em revistas médicas de prestígio, como o New England Journal of Medicine. Essa presença na comunidade científica fortalece a credibilidade da equipe e contribui para o aperfeiçoamento constante das práticas clínicas adotadas no Estado.
Ainda assim, a melhor forma de combater o AVC é por meio da prevenção. Estudos apontam que até 90% dos casos podem ser evitados com o controle de fatores de risco como hipertensão, diabetes, tabagismo, colesterol elevado e sedentarismo. Reconhecer os sinais também é fundamental: boca torta, fraqueza em um dos lados do corpo e dificuldade para falar são sintomas que exigem acionar imediatamente o SAMU 192. Cada minuto faz diferença.
O Espírito Santo segue firme no propósito de fortalecer sua rede de atendimento e ampliar o acesso ao tratamento. O Hospital Estadual Central é símbolo desse compromisso — uma unidade que alia ciência, tecnologia e dedicação para salvar vidas e oferecer à população capixaba um cuidado cada vez mais resolutivo, humano e inovador.
Tyago Hoffmann, Secretário de Estado da Saúde do Espírito Santo

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