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ES tem 10 criminosos escondidos no Complexo do Alemão, no RJ

16 abr 2024 - 13:33

Redação Em Dia ES

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Superintendente regional Norte da Polícia Civil do ES explicou ao O Globo que o movimento de traficantes capixabas para o Rio acontece com chefes do tráfico e pessoas diretamente ligadas a eles
ES tem 10 criminosos escondidos no Alemão, no Rio de Janeiro. Foto: romarj/Getty Images

Cerca de 10 criminosos do Espírito Santo estão escondidos, atualmente, no Rio de Janeiro, mais precisamente no Complexo do Alemão, segundo dados da Inteligência da Polícia Civil divulgados em reportagem de O Globo.

Fabrício Dutra, superintendente regional Norte da Polícia Civil do Espírito Santo, explicou, em entrevista a O Globo, que o movimento de traficantes capixabas para o Rio de Janeiro acontece com chefes do tráfico e pessoas diretamente ligadas a eles.

“Segundo os relatórios de inteligência, eles pagam por essa hospedagem. Percebemos que aqueles chefes mais altos, que movimentam uma certa quantidade de dinheiro no mundo do tráfico de drogas e de armas, preferem o Rio”, afirma o delegado.

É o dinheiro, segundo estudo feito pela polícia capixaba, que está diretamente ligado à essa migração. Em dezembro passado, uma operação conjunta entre o Espírito Santo e o Rio de Janeiro tentou prender cinco suspeitos na Nova Holanda, no Complexo da Maré.

Os suspeitos eram Adair Fernandes da Silva, o “Dadá”, número 7 numa listagem de mais procurados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), Atila Gonçalves Nunes, o “Taru”, Fábio Araújo, o “Binha”, Leandro Martins e Bryan Deolin, mas nenhum deles foi encontrado. Todos são procurados pelos crimes de homicídio e tráfico de drogas no Norte do Espírito Santo.

O grupo é suspeito de execuções cruéis, até mesmo com ocultação de cadáver por meio de esquartejamento, nos municípios de Aracruz, João Neiva, Fundão, Colatina, Vitória e Cariacica. Um dos casos envolve o desaparecimento de dois indígenas que faziam parte de um aldeia de Aracruz.

O trabalho de investigação foi realizado pela equipe do Centro Integrado de Análise Telemática (Ciat) Norte, coordenado pelo superintendente Norte da Polícia Civil, delegado Fabrício Dutra, em conjunto com a Gerência de Inteligência da Sesp.

“Marujo” e “Luan Vera”
No Complexo da Maré, que teve atuação da Força Nacional contra o crime organizado, por meio de um programa do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), também se escondiam Fernando Moraes Pereira Pimenta, o “Marujo”, e Luan Gomes Faria, o “Luan Vera”, antes de serem presos.

Outro local do Rio de Janeiro onde “Marujo” se escondia, segundo a Polícia Civil do Espírito Santo, era no Complexo da Penha.

TCP x PCV
Enquanto “Marujo” lidera o Primeiro Comando de Vitória (PCV), do Bairro da Penha, “Luan Vera” era responsável pelo Terceiro Comando Puro (TCP), do Itararé. As facções rivais tem contato e ramificações no Rio de Janeiro.

Em dezembro de 2023, o então secretário estadual de segurança pública, Alexandre Ramalho, afirmou que os traficantes do Rio de Janeiro não tinham interesse em atuarem aqui no confronto direto que acabou nas prisões de “Marujo” e “Luan Vera”. O interesse deles é, conforme disse Fábrio Dutra, dinheiro, vendendo armas e drogas.

“Para haver esse ramo de negócios ilegais, eles vendem armas e drogas e dão proteção no Rio de Janeiro. Luan, Gabriel Gomes Faria, irmão dele, “Marujo” e vários do Brasil foram se refugiar lá”.

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Atualizado 16 abr 2024 - 12:59

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