O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão (Incaper) tem desempenhado um papel significativo no fortalecimento do setor agrícola do Espírito Santo. Em entrevista ao Em Dia ES, o diretor-presidente do Incaper, Franco Fiorot, destacou o papel crucial desses avanços para os trabalhadores rurais e para a agricultura em geral.
Segundo ele, o órgão tem dedicado esforços à produção e transferência de tecnologias para os produtores rurais do estado.
“São tecnologias acessíveis aos agricultores, em especial aos agricultores familiares, o que permite uma grande transformação social, ambiental e econômica nas comunidades, o que leva aos agricultores familiares do Espírito Santo, mais qualidade de vida, oportunidades, visão de futuro, engajamento no meio rural, agregação de valor, aumento da renda familiar, com destaque para a participação das mulheres em lugares de atuação e decisão e sustentabilidade.”
No Espírito Santo, de acordo com o Censo Agropecuário 2017, mais de 80 mil estabelecimentos atendem aos critérios de classificação da agricultura familiar, empregando mais de 213 mil pessoas e respondendo por 38,6% do valor da produção agropecuária no estado. Nesse sentido, Franco Fiorot enfatizou a importância da parceria entre o Incaper, os produtores rurais e as instituições do setor.
“A dedicação empreendedora dos nossos agricultores com base na pesquisa e na transferência de tecnologia foi fundamental para a evolução do agro capixaba. O Incaper se dedica há quase 67 anos às ações de pesquisa e extensão rural, pensando no desenvolvimento e nas potencialidades do Agro, que impactam diretamente na agricultura familiar capixaba”, afirmou.
“O nosso café conilon, principal produto da economia agrícola capixaba, é um exemplo claro disso. Saímos de produtividade média de 09 sacas por hectares na década de 1990 para 45 sacas por hectare atualmente e com tecnologia e conhecimento que alcançam de 80 a 100 sacas por hectare. Isso é fruto da pesquisa, ciência e transferência de tecnologia gerada pelo Incaper e outras instituições públicas e privadas. Mas, tais transformações jamais seriam possíveis sem os grandes protagonistas de toda essa trajetória que são os agricultores”, enfatizou Fiorot.
Fiorot destacou ainda o impacto dos trabalhadores rurais na economia do estado.
“De nada valeriam os resultados dos exercícios de pesquisa e extensão rural, sem as mãos, a dedicação e o saber dos agricultores familiares. E os médios e grandes produtores também contam com a participação decisiva dos trabalhadores rurais nesse processo contribuindo nos resultados dentro da porteira para nosso agro. Quando investimos em qualidade de vida no campo, em visibilidade e oportunidade no campo, estamos apostando no desenvolvimento econômico de todo o Estado”, destaca Franco.
Olhando para o futuro, Fiorot compartilhou as demandas atuais do setor e os planos do Incaper para abordá-las. O fortalecimento da pesquisa e da extensão rural, com foco nas demandas do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (PEDEAG), é uma das principais metas.
“O Incaper tem o propósito de unir esforços em prol da democratização do acesso à informação e de contribuir com as políticas públicas voltadas para a inclusão social, especialmente nas áreas de atuação do Instituto, com os agricultores familiares. Nós pensamos uma transferência de tecnologia e conhecimento adaptada ao alcance dos trabalhadores rurais, incluindo os que vivem nas áreas mais remotas”, afirmou.
“Para isso, além das atividades de pesquisa e de extensão rural, diretamente com as comunidades rurais, o Incaper desenvolve materiais riquíssimos e fruto de um intenso trabalho realizado por profissionais da pesquisa e da extensão rural, como publicações físicas e digitais, vídeos técnicos e cursos on-line para a capacitação de técnicos e agricultores sobre diversas culturas. Os nossos meios de comunicação oficiais, também são ferramentas importantes e pensadas estrategicamente para que as informações cheguem ao nosso público final. Sem contar com a imprensa que é uma grande parceira para a divulgação de nossos resultados”, finalizou.
Confira a entrevista com Franco Fiorot na íntegra!
01. Franco Fiorot, os avanços do Incaper têm sido amplamente reconhecidos como impulsionadores do setor agrícola capixaba. Como você descreveria a importância desses avanços para os trabalhadores rurais e para a agricultura em geral?
RESPOSTA: O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão (Incaper) têm avançado, cada vez mais, quando se trata da produção e transferência de tecnologias para os produtores rurais do Estado, por meio das ações de pesquisa e extensão rural no campo. O grande segredo, é que a Instituição continua a desenvolver tecnologias pensadas a partir das mudanças que, tanto a sociedade civil quanto o meio rural vêm vivenciando socialmente e mercadologicamente, e que continuam sendo adaptadas às diferentes realidades rurais.
São tecnologias acessíveis aos agricultores, em especial aos agricultores familiares, o que permite uma grande transformação social, ambiental e econômica nas comunidades, o que leva aos agricultores familiares do Espírito Santo, mais qualidade de vida, oportunidades, visão de futuro, engajamento no meio rural, agregação de valor, aumento da renda familiar, com destaque para a participação das mulheres em lugares de atuação e decisão e sustentabilidade.
02. Na sessão solene em homenagem à agricultura familiar na Ales, no último dia 1º de agosto, você destacou a relevância dos profissionais do Incaper ao longo da história. Como essa parceria entre o instituto, os produtores rurais e as instituições do setor têm impactado diretamente a vida dos agricultores familiares?
RESPOSTA: A dedicação empreendedora dos nossos agricultores com base na pesquisa e na transferência de tecnologia foi fundamental para a evolução do agro capixaba. O Incaper há quase 67 anos – faz aniversário em 16 de novembro deste ano – se dedica às ações de pesquisa e extensão rural, com um quadro de profissionais altamente qualificados e que há logos anos, vivencia um intenso intercâmbio de conhecimentos com outros parceiros no Estado e fora do Espírito Santo, pensando no desenvolvimento e nas potencialidades do Agro, que impactam diretamente na agricultura familiar capixaba.
O nosso café conilon, principal produto da economia agrícola capixaba, é um exemplo claro disso. Saímos de produtividade média de 09 sacas por hectares na década de 1990 para 45 sacas por hectare atualmente e com tecnologia e conhecimento que alcançam de 80 a 100 sacas por hectare. Isso é fruto da pesquisa, ciência e transferência de tecnologia gerada pelo Incaper e outras instituições públicas e privadas. Mas, tais transformações jamais seriam possíveis sem os grandes protagonistas de toda essa trajetória que são os agricultores.
03. Sabemos que o trabalhador rural desempenha um papel crucial na economia do Espírito Santo. Poderia compartilhar sua visão sobre a importância desses trabalhadores para o crescimento econômico do Estado?
RESPOSTA: Conforme dito antes, de nada valeriam os resultados dos exercícios de pesquisa e extensão rural, sem as mãos, a dedicação e o saber dos agricultores familiares. E os médios e grandes produtores também contam com a participação decisiva dos trabalhadores rurais nesse processo contribuindo nos resultados dentro da porteira para nosso agro. Quando investimos em qualidade de vida no campo, em visibilidade e oportunidade no campo, estamos apostando no desenvolvimento econômico de todo o Estado.
04. Você mencionou o compromisso do Incaper em fortalecer sua atuação nas demandas atuais do setor. Quais são algumas dessas demandas e como o instituto pretende abordá-las em colaboração com os trabalhadores rurais e outras instituições?
RESPOSTA: Dentre as demandas da atual gestão para implantação nos próximos anos está o fortalecimento da pesquisa e a extensão rural possibilitando mais condições aos nossos profissionais atuarem e aplicarem seu conhecimento em benefício da sociedade capixaba. Para isso estamos trabalhando plenos de ações para potencializar o corpo técnico do instituto, com práticas de gestão que aprimorem alguns arranjos técnicos e melhoria de infraestruturas e pessoal para os trabalhos de pesquisa e extensão.
Queremos estar cada vez mais ativos, presentes e participativos, com a valorização dos nossos profissionais e com projetos focados nas demandas contempladas no Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (PEDEAG), coordenado pela Secretaria Estadual de Agricultura (Seag), com a finalidade de ser um referencial para o desenvolvimento das principais cadeias produtivas da agricultura, pesca e pecuária do Espírito Santo para os próximos anos.
05. A dedicação empreendedora dos agricultores tem sido um fator chave no sucesso do agro capixaba. Como a aplicação de tecnologias e conhecimentos do Incaper tem incentivado ainda mais o empreendedorismo no meio rural?
RESPOSTA: O Incaper desenvolve tecnologias que tem transformado vidas, especialmente no que tange ao empreendedorismo no meio rural, em meio a um mercado cada vez mais exigente e competitivo. Isso se deve ao fato de que os agricultores familiares têm encontrado novas oportunidades tanto de crescimento profissional, como para comunicar os seus resultados e de aproximação com o consumidor final. As tecnologias chegam para agregar valor aos produtos, para abrir novas possibilidades de trabalho e crescimento, o que têm feito com que famílias e jovens optem por investir no empreendedorismo no campo.
06. A transferência de tecnologia do Incaper é crucial para capacitar os agricultores com conhecimentos atualizados. Como o instituto está garantindo que essas informações alcancem efetivamente os trabalhadores rurais, incluindo aqueles em áreas mais remotas?
RESPOSTA: O Incaper tem o propósito de unir esforços em prol da democratização do acesso à informação e de contribuir com as políticas públicas voltadas para a inclusão social, especialmente nas áreas de atuação do Instituto, com os agricultores familiares. Nós pensamos uma transferência de tecnologia e conhecimento adaptada ao alcance dos trabalhadores rurais, incluindo os que vivem nas áreas mais remotas.
Para isso, além das atividades de pesquisa e de extensão rural, diretamente com as comunidades rurais, o Incaper desenvolve materiais riquíssimos e fruto de um intenso trabalho realizado por profissionais da pesquisa e da extensão rural, como publicações físicas e digitais, vídeos técnicos e cursos on-line para a capacitação de técnicos e agricultores sobre diversas culturas. Os nossos meios de comunicação oficiais, também são ferramentas importantes e pensadas estrategicamente para que as informações cheguem ao nosso público final. Sem contar com a imprensa que é uma grande parceira para a divulgação de nossos resultados.
Reforço que, durante o período da pandemia, causada pela covid-19, foram realizados webinários e lives no canal do Incaper no YouTube, para dar continuidade do compartilhamento de conhecimento técnico com linguagem acessível destinada, principalmente, a agricultores familiares, o que triplicou o nosso número de acessos e de inscritos.
Aliado a isso, temos muitas ações em campo em cada canto do estado de forma presencial por nossos técnicos. Reuniões, palestras, cursos, dia especiais no campo, para levar esse conhecimento e tecnologias para serem aplicadas no dia-dia em nossa agricultura.
07. Por fim, que mensagem você gostaria de transmitir aos trabalhadores rurais e a todos os envolvidos no setor agrícola capixaba, em relação ao compromisso contínuo do Incaper com o progresso e desenvolvimento?
RESPOSTA: Estou muito motivado e tenho certeza de que será mais um novo desafio para todos. Vamos dar prioridade ao desenvolvimento da agricultura capixaba, por meio da valorização do Incaper, de seus servidores, da extensão rural e da pesquisa, considerando todo histórico potencial do Instituto e conectados com a dinâmica do agro. Iremos unir esforços com toda equipe com estratégias e disposição para alcançar os resultados almejados.
