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Aviação brasileira prevê recorde histórico de 128 milhões de passageiros em 2025

04 nov 2025 - 16:00

Redação Em Dia ES - por Julieverson Figueredo, com informações de Agência Gov

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Ministro Silvio Costa Filho destaca crescimento de 30 milhões de viajantes desde 2022 e confirma nova linha de crédito para companhias aéreas
Aviação e turismo disparam e Brasil bate recorde de 128 milhões de passageiros. Foto: Getty Images Signature

O Brasil deve registrar um recorde histórico na movimentação de passageiros em aeroportos, alcançando 128 milhões de pessoas até o final deste ano. A projeção foi apresentada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, durante participação no programa “Bom Dia, Ministro” desta terça-feira (4). Segundo o ministro, o desempenho, que reflete o “melhor ano da história do turismo brasileiro”, representa um aumento de 30 milhões de passageiros em relação a 2022, quando 98 milhões foram transportados.

“A gente está tendo o melhor ano da história do turismo brasileiro, como também a gente está tendo, automaticamente, o melhor momento no volume de passageiros da história do país”, disse o ministro durante o programa, transmitido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

“Para você ter uma ideia, quando o presidente Lula assumiu o governo, em janeiro de 2023, nós tínhamos tido no ano de 2022, 98 milhões de passageiros. Nós estamos terminando o ano agora com mais de 128 milhões. Ou seja, já são mais de 30 milhões de passageiros incluídos na aviação do país. Isso é um crescimento, em média, em mais de 10%”.

Os números confirmam a trajetória de expansão do setor. Entre julho e setembro, o Brasil alcançou 33,6 milhões de passageiros em voos domésticos e internacionais. O volume é 2,6 milhões superior ao mesmo período do ano passado, representando uma alta de 8,5%, e mantém o ritmo acima dos níveis pré-pandemia (30,3 milhões em 2019). O setor acumula 54 meses consecutivos de crescimento.

Costa Filho destacou que a movimentação recorde gera mais oportunidade de emprego e renda, citando que “a cada quatro turistas que chegam a uma cidade, é uma oportunidade de emprego e de renda que é gerado para a população”.

“Isso significa o fortalecimento do turismo de negócios, o fortalecimento do turismo de lazer […] A gente está tendo um crescimento no turismo nacional em torno de 10%. Ou seja, os brasileiros estão viajando cada vez mais para o Brasil, movimentando as economias regionais”, afirmou.

O turismo internacional também apresenta crescimento. “No ano de 2024, nós tivemos um crescimento em 14%, saindo de 7 milhões de estrangeiros que vieram para o Brasil, para mais de 8,5 milhões de estrangeiros, e este ano nós vamos passar de 9,5 milhões de estrangeiros visitando o Brasil, com a média de crescimento no turismo internacional em mais de 10%”, detalhou o ministro.

Linha de crédito e preço das passagens
Durante o bate-papo com radialistas, o ministro de Portos e Aeroportos anunciou que o governo deve lançar no próximo mês uma linha de crédito de R$ 4 bilhões destinada às companhias aéreas.

“Serão R$ 4 bilhões que serão ofertados para que as companhias aéreas possam pegar esses recursos e poder fazer investimentos, compra de novas aeronaves, requalificar aviões existentes”, explicou. “Para você ter uma ideia, tem companhia aérea hoje no Brasil que tem 10 aviões em solo. Não conseguem viajar pelo Brasil porque não tem dinheiro para comprar o motor, que cada motor de avião é mais de 10 milhões de dólares”.

Silvio Costa Filho mencionou que as companhias entraram em recuperação judicial devido à falta de apoio durante a pandemia. “Eu pergunto a você, o que foi feito na pandemia para ajudar? O que o governo brasileiro fez para ajudar essas companhias aéreas? Não foi feito nada de apoio. […] E agora a gente está reestruturando as companhias aéreas do Brasil”.

Sobre o preço dos bilhetes, o ministro reconheceu a inflação global do setor pós-pandemia, mas reforçou o compromisso do governo em buscar reduções. “A gente já paga um custo alto na passagem e defendo que não seja cobrada a taxa de bagagem. Nesses últimos três anos e dez meses, tivemos uma queda de mais de 6% no custo da passagem no Brasil”, ressaltou.

Cenário econômico
Para o ministro, os indicadores econômicos do Brasil criam o cenário ideal para investimentos estrangeiros, citando o crescimento seguido do PIB, o “menor desemprego da história” e a maior renda dos trabalhadores, aliados a programas sociais. Segundo ele, as concessões em setores como petróleo e gás, energia, rodovias, ferrovias, portos e aeroportos devem alcançar mais de R$ 300 bilhões em investimentos.

“O Brasil voltou a crescer, voltou a gerar emprego, gerar renda […] Nós estamos tendo uma média de três anos de crescimento do PIB em mais de 3%, crescimento no setor de serviços, crescimento na indústria, crescimento no turismo. A Bolsa (de valores) batendo recordes. A inflação é controlada e isso tudo vai impactar fortemente no desenvolvimento do Brasil”, afirmou.

Investimentos no setor portuário
Silvio Costa Filho também abordou a infraestrutura portuária, que deve receber R$ 35 bilhões em investimentos públicos e privados para modernização. Ele detalhou leilões recentes, como o de Paranaguá (PR), o segundo maior porto do país. O Consórcio Canal Galheta Dragagem (CCGD) investirá R$ 1,22 bilhão para aprofundar o canal de acesso de 13,5 para 15,5 metros, visando permitir o acesso de navios de grande porte e ampliar o escoamento da produção agrícola.

No Rio de Janeiro, a Petrobras arrematou o Terminal RDJ07 e investirá R$ 99,4 milhões para apoio logístico a atividades offshore. Em Maceió (AL), o Consórcio Britto-Macelog II venceu o leilão do Terminal de Passageiros (TMP) e aplicará R$ 3,75 milhões para consolidar o local como um polo de cruzeiros marítimos. O ministro comparou os investimentos do setor. “A Lei dos Portos foi criada em 2013. De 2013 a 2022, nós tivemos 41 leilões no Brasil com investimentos na ordem de R$ 8 bilhões. Nos quatro anos do nosso governo, liderado pelo presidente Lula, nós faremos mais de 60 leilões no Brasil, o equivalente a mais de R$ 35 bilhões de investimentos. Já fizemos 26 leilões”.

Ele citou projetos futuros, como o leilão do Santos (Tecon) 10, que será “o maior leilão da história”, e a hidrovia do Paraguai, “a primeira concessão hidroviária da história do Brasil”.

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Atualizado: 04/11/2025 16:27

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