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Ronaldinho e Adriano: Zinho abraça, releva indisciplinas e se decepciona

06 nov 2012 - 11:17

Redação Em Dia ES

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Da mesma forma com Adriano. Ele ouviu muitas histórias dos jogadores, mas decidiu tentar mudar o enredo. Mas não teve final feliz em ambos os casos. O diretor de futebol do Flamengo tem a consciência tranquila de que tentou, mas não conseguiu. Nos últimos dias, Zinho resumiu o sentimento em relação a mais uma decepção:

– Triste.

O diretor chegou ao Flamengo no início de maio. Sua primeira missão foi tentar domar Ronaldinho Gaúcho, que batera de frente com Vanderlei Luxemburgo. O técnico, que em 2011 chegou a encobrir algumas indisciplinas do jogador, passou a cobrar medidas mais enérgicas da diretoria em relação ao ex-camisa 10, mas acabou demitido.

Logo que chegou, o diretor deixou claro que contava com Ronaldinho Gaúcho, ex-companheiro dele no Grêmio. Os dois trocaram um carinhoso abraço na apresentação do dirigente ao grupo, mas Zinho precisou agir rápido. Confrontou o principal jogador do time duas vezes. Primeiro, ao constatar que o capitão não estava nas condições ideais para treinar, o diretor pediu que, em vez de ficar no vestiário, ele fosse a campo correr.

No dia seguinte, na frente de todos os atletas, o jogador foi confrontado com discurso duro de Zinho:

– Quando eu cheguei, você me deu um abraço e disse que estava comigo. Do jeito que você chegou hoje (quinta, dia 17 maio) e ontem (quarta, dia 16), não está nem com você mesmo. Isso é um desrespeito com todos os seus companheiros… Se for para ser assim, eu peço meu boné para a Patricia e vou embora.

No fim de maio, Ronaldinho Gaúcho não deu nem mesmo um telefonema para comunicar a Zinho que não viajaria para Teresina, onde a equipe disputaria um amistoso. Na ocasião, o dirigente soube pela imprensa que o jogador entrara na Justiça cobrando R$ 40 milhões do Flamengo, e não era mais funcionário do clube.

Um mês depois da saída do ex-camisa 10, Zinho admitiu sua decepção com o fim do caso:

– Eu dei carinho, eu chamei, motivei, eu tentei. De início, não consegui o meu grande objetivo no Flamengo, que era fazer com que o Ronaldinho voltasse a jogar o que todos nós sabemos que ele pode render. Estou triste, frustrado, eu não consegui isso. Que realmente a história dele no Flamengo não foi bonita, não foi. Eu tentei, mas infelizmente as atitudes dele não levaram para isso e culminou com esse problema financeiro.

Seguidas chances a Adriano

Depois do grande desgaste com Ronaldinho Gaúcho, Zinho bradou que “acabou a festa, acabou a bagunça”. E apostou em Adriano. Mesmo com todas as notícias e antecedentes do atacante, o diretor repetia que acreditava na recuperação do jogador.

–  Não coloco no mesmo grau porque o Ronaldinho já estava aqui quando cheguei. Tomamos conhecimento do que estava acontecendo e buscamos fazer um trabalho para recuperá-lo. Acho que em termos de nome, status, importância, é a mesma coisa. Da mesma maneira que foi feito com o Ronaldo, vamos fazer com o Adriano. Eu dou carinho, aposto nele, mas serei enérgico dentro de um respeito com o profissional, mas sempre cobrando aquilo que combinamos. Não vejo como um desafio, mas como uma responsabilidade para todos. O Adriano vai cumprir as mesmas regras de todos os jogadores. Não tem privilégio e nem cobrança excessiva. São as regras de um clube profissional. Terá as mesmas responsabilidades de outros atletas, de horários de treinos, de concentração – afirmou Zinho, quando o clube acertou com Adriano.

Aos poucos, porém, a esperança deu lugar à decepção. Nas primeiras faltas, o diretor tentou poupar o camisa 10, mas o desgaste foi inevitável. A cada falta, Zinho tinha que se expor para dar explicações. Mesmo com advertências por escrito para repetidas ausências, o dirigente seguia com sua aposta.

O golpe que fez Zinho deixar de acreditar aconteceu no fim do mês passado, quando Adriano não apareceu na atividade marcada para as 9h30m de sábado, na Gávea, e comunicou sua ausência através de SMS, com algumas das mensagens desconexas.

O dirigente, enfim, percebeu que a situação caminhava para uma trilha de mais problemas. Zinho exigiu que Adriano tivesse acompanhamento psicológico. O clube definiu a escolha de um profissional, chegou a marcar consulta, mas o atacante não apareceu. A paciência do diretor chegou ao fim, e o problema foi debatido com a presidente Patricia Amorim.

Diante de novo sumiço na semana passada, o clube decidiu, na última sexta-feira, desligar Adriano do clube. Nesta terça, Zinho concederá entrevista coletiva para se pronunciar sobre o assunto.

Fonte: Globoesporte.globo.com

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Atualizado 06 nov 2012 - 11:17

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