A volta às aulas presenciais na rede municipal de ensino do município de Barra de São Francisco, no Noroeste do Estado, foi adiada para o dia 24 de fevereiro, uma quarta-feira
A decisão saiu na manhã desta segunda-feira (31), após audiência pública na Câmara Municipal, com o plenário lotado de pais e mães de alunos, além de professores e diretores de escolas.
Entre os diretores de escolas, a decisão foi pela volta imediata, no dia 3, próxima quinta-feira, mesma data do retorno da rede estadual. Dos 18 diretores que votaram, 11 (61,1%) optaram por voltar imediatamente, enquanto outros sete (38,9%) decidiram pelo adiamento.
Já entre os professores e pais de alunos, a votação foi mais apertada, mas venceram os que querem o adiamento. De 150 pessoas que votaram, 88 decidiram pelo adiamento e outras 62 queriam o retorno imediato.
A secretária municipal de Educação, Delma Ker, e o secretário municipal de Saúde, Elcimar Alves de Souza, logo após a audiência, disseram que, apesar da votação apertada, a decisão da maioria dos pais de alunos e professores tem que ser respeitada.
“Como a maioria votou pelo adiamento, conversamos com o prefeito, Enivaldo dos Anjos, e decidimos por adiar o retorno para o dia 24 de fevereiro. Nesse período, acreditamos que o pico da pandemia da Ômicron já terá passado e poderemos observar o comportamento da nova variante, vinda da África, e anunciada, recentemente, pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Além disso, teremos tempo também para vacinar mais crianças”, destaca o secretário.
Delma Ker observou que esse intervalo permitirá melhor adequação de algumas escolas municipais, que ainda precisam de obras para melhor ventilação e espaçamento.
“Acreditamos que é a decisão mais sensata, no momento. A partir da nova data, já teremos planejado novamente o calendário escolar junto aos gestores e poderemos cumprir, com tranquilidade, todas as normas de higiene e segurança dos alunos, professores e demais profissionais que trabalham nas escolas”.
A Prefeitura de Barra de São Francisco decidiu colocar o retorno às aulas em votação pública porque o momento é difícil. O município está passando por um grande aumento de testagens positivas para a Covid. Mesmo situação em todo o Estado e no país.
A administração afirma que buscou uma solução para proteger a saúde dos estudantes, diretores, professores e demais operadores da educação. Afirmou, também, que não interferiu na opinião de ninguém, respeitou o voto da maioria, e adiou o início do ano letivo para o dia 24 de fevereiro.