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Vacinação em massa é capítulo mais importante da pandemia, diz Guedes

18 dez 2020 - 18:50

Redação Em Dia ES

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Ministro defendeu liberação de R$ 20 bi para imunização
O capítulo mais importante no combate à pandemia de covid-19 está para começar com a vacinação em massa, disse há pouco o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em apresentação do balanço de fim de ano da pasta, ele defendeu a liberação de R$ 20 bilhões para o programa de imunização.

“O capítulo mais importante vem agora, que é a vacinação em massa. São mais R$ 20 bilhões para a vacinação em massa dos brasileiros”, declarou o ministro. Guedes defendeu que a imunização seja opcional, mas ressaltou que as vacinas são importantes para sustentar a retomada da economia, garantindo a volta da população ao trabalho presencial.

“O retorno seguro ao trabalho exige a vacinação em massa da população brasileira. É uma vacinação voluntária e o que o governo tem que fazer é disponibilizar todas as vacinas para a população de forma voluntária e gratuita. Qualquer brasileiro pode escolher a vacina que ele quer tomar, não paga pela vacina e escolhe a vacina se quiser tomar. Essa vacinação gratuita de forma voluntária para os brasileiros é o que nós precisamos para que a asa da saúde bata ao mesmo tempo da asa da recuperação econômica”, afirmou.

Auxílio emergencial
O ministro elogiou o auxílio emergencial. Segundo Guedes, o Brasil privilegiou a proteção da população no início da pandemia e conseguiu implementar um programa de transferência de renda mais rápido que muitos países, promovendo a inclusão bancária por meio da tecnologia. “Diversos países desenvolvidos ainda mandam cheque para a casa das pessoas”, disse.

Emprego
Guedes também elogiou o programa de suspensão de contratos e de redução de jornada durante a pandemia, que segundo ele, ajudou a preservação do emprego formal. Ele citou as estatísticas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que registra as contratações e demissões de postos com carteira assinada, e disse que o país pode encerrar o ano zerando a perda de empregos registradas durante a pandemia de covid-19.

De janeiro a outubro, o Caged registrou a perda de 171,1 mil postos de trabalho formais. Até setembro, a eliminação de vagas estava em 558,6 mil. “Não sei se conheço outros países que conseguiram [em 2020] manter 33 milhões de empregos formais”, declarou.

Guedes citou ainda o programa de crédito que ajudou cerca de 650 mil micro, pequenas e médias empresas e também mencionou ajuda a setores da economia, como aviação, como fatores que também ajudaram na preservação de empregos.

Reformas
Apesar do aumento de gastos públicos em 2020, Guedes reiterou a defesa do compromisso com as reformas estruturais depois da pandemia. Destacou que, mesmo com a paralisação das discussões no Congresso nos últimos meses, a equipe econômica conseguiu recentes vitórias, como a aprovação da nova Lei de Falências, do projeto de ajuda a estados em troca de um plano de ajuste fiscal, da liberalização da navegação de cabotagem e da autonomia do Banco Central (aprovada pelo Senado e em discussão na Câmara).

Privatizações
Criticado por não cumprir o prazo de promessas que fez sobre temas como privatizações e votações no Congresso Nacional, o ministro da Economia, Paulo Guedes, diz que agora não prometerá mais nada. “Acabou. Não prometo mais nada. Agora, só digo ‘Espero que Congresso aprove. Felicito o Senado pela aprovação’. Aprendi”, afirmou nesta sexta-feira.

Em entrevista coletiva, o ministro chamou de “negacionistas” e “acientíficos” quem diz que ele não está fazendo as entregas esperadas na área econômica. “Toda vez que fiz promessa, foi depois de conversas políticas. Sou acusado toda hora de não entregar, estamos entregando alucinadamente. Existe uma campanha negacionista, não científica, de acusações contra a equipe”, comentou.

Ele, no entanto, reconheceu que não fez tudo o que gostaria, mas disse que há um reconhecimento do mercado em relação ao seu trabalho. “A Bolsa está no máximo, o dólar caiu, mas negacionismo diz que situação fiscal está cada vez mais complicada. Claro que queremos fazer reforma fiscal, a prioridade é o pacto federativo”, completou.

Entre as “entregas” relacionadas por Guedes está a reforma da Previdência. “O primeiro olhar do presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia sobre a reforma da Previdência foi de ceticismo. Entregamos”, afirmou.
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Atualizado 18 dez 2020 - 18:50

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