*Por Écia Sales
Na área da educação, os professores têm se preocupado e debatido o potencial e uso da ferramenta, sobretudo como identificar se os estudantes vão utilizar o ChatGPT
Com os avanços da Inteligência Artificial, os chatbots, que usualmente são utilizados por empresas para interagirem com seus clientes nos setores de SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente), marketing, vendas e outras demandas que apresentam grandes volumes de interações, foi disponibilizado recentemente para o grande público e já preocupou diversas áreas, principalmente no ambiente escolar, como profissionais que atuam em atividades correlatas à comunicação e ensino, do básico ao superior. Isso leva ao questionamento do modelo atual de sala de aula e como é possível criar novos tipos de atividades escolares que estimulem o pensamento crítico dos alunos que têm acesso vasto às informações no campo virtual quando não estão no ambiente escolar.
De um lado, jovens e adultos ficaram encantados ao tomarem conhecimento do ChatGPT, uma ferramenta virtual, que produzirá textos inéditos a partir de perguntas elaboradas pelos usuários e responderá de maneira automatizada para diversas finalidades. A promessa é eliminar o trabalho da pesquisa de campo, que engloba a consulta da literatura para o objeto que será estudado, a estruturação do projeto, organização das ideias e a produção da escrita.
Na área da educação, os professores têm se preocupado e debatido o potencial e uso da ferramenta, sobretudo como identificar se os estudantes vão utilizar o ChatGPT, pois a ferramenta é capaz de coletar dados e produzir trabalhos escolares, sintetizando informações que até bem pouco tempo levariam muitas horas para serem compiladas e escritas.
Se por um lado o ChatGPT consegue melhorar a experiência na busca por informações, também pode proporcionar um aprendizado personalizado e adaptativo às novas tecnologias.
Já por outro lado, a ferramenta pode gerar dependência e, com isso, não haverá o desenvolvimento das habilidades da escrita por conta própria. Isso, a curto prazo, pode causar uma falta de confiança na própria capacidade e um desinteresse em desenvolver a habilidade no futuro. A médio prazo, talvez afete o desempenho dos estudantes nos disputados vestibulares e, por consequência e mais a longo prazo, na inserção futura do mercado de trabalho.
A tecnologia está cada vez mais presente no ambiente escolar, portanto, o ChatGPT deve ser experimentado em sala de aula, trazendo os prós e contras aos alunos, extraindo o melhor que a ferramenta tem a oferecer e, em contrapartida, fazendo os apontamentos necessários sobre os aspectos negativos. Esse é um caminho para a evolução do pensamento crítico, que manterá os alunos estimulados e comprometidos em sala de aula.
*Écia Sales é Coordenadora Acadêmica da Escola Luminova
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