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Negligência: Sesa afasta médicas e direção de Hospital após morte de adolescente

02 maio 2022 - 16:20

Redação Em Dia ES

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Nésio Fernandes, admitiu que as médicas do pronto-socorro do Hospital foram negligentes ao se recusarem a atender o adolescente
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) afastou as médicas e a direção do hospital Infantil de Vila Velha após a morte do adolescente Kevinn Belo Tomé da Silva, 16 anos. O jovem morreu após ficar por quatro horas dentro de uma ambulância, na porta do hospital, aguardando por um leito. Foi aberta uma sindicância para apurar a conduta das profissionais. O caso também está sendo investigado pela Polícia Civil.
 
O secretário Estadual de Saúde, Nésio Fernandes, admitiu, nesta segunda-feira (02), que as médicas do pronto-socorro do Hospital Infantil de Vila Velha foram negligentes ao se recusarem a atender o adolescente.
 
“Houve uma omissão de socorro, uma negligência grave, uma falta grave! Não houve falha da administração. Houve, sim, uma falha grave das profissionais assistentes em não acolher o paciente”, afirmou o secretário.
 
Também, segundo Nésio, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Himaba tinha condições de acolher o jovem, se o paciente tivesse sido atendido pelo Pronto Atendimento no momento em que chegou na unidade.
 
“Os fatos, as gravidades e as responsabilidades estão muito bem delimitadas no âmbito das responsabilidades das profissionais no pronto-socorro. O conjunto hospitalar se mobilizou para atender o paciente e todos os recursos disponíveis que estavam garantidos ao paciente estavam colocados no hospital”, disse.
 
Nésio afirma que no trajeto entre Cachoeiro de Itapemirim e o hospital, em Vila Velha, o adolescente recebeu o atendimento correto. Segundo ele, o hospital referência para o tratamento seria o Himaba.
 
“Há uma falta grave muito bem delimitada da ação das profissionais. Elas não atuam mais na unidade. Agora, a condução da investigação é realizada pela Polícia Civil”.
 
O corpo de Kevinn foi enterrado neste domingo (1°) em um cemitério da cidade de Cachoeiro. O adolescente sonhava ser jogador de futebol e era filho único.
 
Em nota, a direção informou vai prestar toda assistência necessária à família do jovem. O Conselho Regional de Medicina (CRM) informou que decidiu abrir uma sindicância para apurar responsabilidades.
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Atualizado: 10/06/2022 20:03

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