Variação de preços nos últimos 12 meses na região metropolitana do Espírito Santo só é menor do que a registrada em Curitiba, que chegou a 13,71%
A inflação acumulada na Grande Vitória, nos últimos 12 meses, chegou a 12,26%, segundo divulgou nesta sexta-feira (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Considerando esse intervalo de tempo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da região metropolitana do Espírito Santo foi o segundo maior entre as capitais pesquisadas pelo IBGE, perdendo apenas para Curitiba, no Paraná (13,71%).
O levantamento apontou ainda que a variação de preços registrados na Grande Vitória, em novembro, foi de 1,01%, menor do que 1,53% registrado no mês anterior — o maior índice do país, ao lado de Goiânia.
Já ao longo do ano, de janeiro a novembro, o acumulado do IPCA na Grande Vitória foi de 10,69%.
Em todo o Brasil, o índice acumula alta de 9,26% no ano e, nos últimos 12 meses, de 10,74%, acima dos 10,67% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. A variação acumulada do país em 12 meses é a maior desde novembro de 2003, quando ficou em 11,02%.
Em novembro, a variação de preços no Brasil foi de 0,95%, 0,30 ponto percentual abaixo da taxa de 1,25% de outubro. No mesmo período de 2020, a variação mensal foi de 0,89%.
O único local que apresentou deflação, no mês passado, foi a região metropolitana de Belém (-0,03%). A maior alta ficou com o município de Campo Grande (1,47%).
Alta dos gastos com transporte impulsiona inflação na Grande Vitória
Ainda de acordo com o levantamento do IBGE, a maior variação de preços em novembro, na Grande Vitória, foi registradas nos serviços de transporte, cuja inflação ficou em 3,29%.
Ao longo do ano, o IPCA acumulado desse grupo de produtos e serviços — que inclui, entre outros, o preço da gasolina — é de 20,64%, o maior de todos na região metropolitana.
Outros setores que apresentaram altas significativas ao longo dos 11 meses do ano foram Habitação (15,85%) e Artigos de Residência (10,61%).
Em todo o Brasil, houve alta de preços em sete dos nove grupos que integram o IPCA. Os grupos com aumentos de preços foram Habitação (1,03%), Artigos de Residência (1,03%) Vestuário (0,95%), Transportes (3,35%), Despesas Pessoais (0,57%), Comunicação (0,09%) e Educação (0,02%).
As famílias gastaram menos apenas com Alimentação e Bebidas (-0,04%) e Saúde e Cuidados Pessoais (-0,57%).
O resultado do grupo Saúde e Cuidados Pessoais foi puxado pela queda nos preços dos itens de higiene pessoal (-3,00%), especialmente dos perfumes (-10,66%), artigos de maquiagem (-3,94%) e produtos para pele (-3,72%).
Além disso, os planos de saúde (-0,06%) seguem recuando, refletindo a redução de 8,19% determinada em julho pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos de saúde individuais.
Por outro lado, os preços dos produtos farmacêuticos subiram 1,13%, contribuindo com 0,04 ponto porcentual para o índice de novembro.
A queda no grupo Alimentação e Bebidas foi puxada pela alimentação fora do domicílio, que caiu 0,25%, influenciada pelo subitem lanche (-3,37%). A refeição fora de casa subiu 1,10%.
Em Despesas Pessoais, os destaques foram hospedagem (2,57%) e pacote turístico (2,28%), além das altas também em manicure (1,72%) e brinquedo (2,77%).
A principal pressão do grupo Transportes partiu da gasolina, com alta de 7,38% em novembro, o maior impacto individual no índice do mês, de 0,46 ponto porcentual (p.p.).
Em Habitação, o destaque foi a energia elétrica, que subiu 1,24%, com uma contribuição de 0,06 ponto porcentual para o IPCA.
Com informações do Estadão Conteúdo