Saúde

Dezembro Vermelho: Ação reforça acolhimento e sigilo no combate ao HIV no Espírito Santo

17 dez 2024 - 11:05

Redação Em Dia ES

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Dados recentes apontam que 19.828 pessoas vivem com HIV no Estado, sendo 913 novos casos registrados entre janeiro e novembro de 2024
Ação reforça acolhimento e sigilo no combate ao HIV no Espírito Santo. Foto: Reprodução/Getty Images

No contexto do Dezembro Vermelho, campanha nacional de conscientização e combate ao HIV/Aids, o Hospital Estadual Dr. Dório Silva, administrado pela Fundação iNOVA Capixaba, promoveu na última semana, a ação “Dezembro Vermelho: Acolher com Respeito”, direcionada a todos os colaboradores da unidade. A iniciativa teve como objetivo reforçar a importância do acolhimento e do sigilo no atendimento aos usuários dos programas de IST/Aids, pilares fundamentais para garantir a qualidade do cuidado e o respeito aos direitos dos pacientes.

Segundo Bettyna Lombard, aluna do projeto de extensão de mapeamento de processos assistenciais coordenado pela Unidade de Ensino, Pesquisa e Inovação do hospital (UEPI) e idealizadora da ação, o sigilo é essencial para proteger a privacidade dos pacientes, reduzindo o estigma e incentivando a adesão ao tratamento.

“O sigilo protege a privacidade dos indivíduos, reduzindo o estigma e o preconceito associados às IST/Aids, o que incentiva a adesão aos programas e a continuidade do acompanhamento. A partir do momento que o paciente tem a manutenção da sua saúde, ele vive o tratamento com mais tranquilidade”, explica Bettyna.

A iniciativa teve como objetivo reforçar a importância do acolhimento e do sigilo no atendimento aos usuários dos programas de IST/Aids. Foto: Ascom Sesa

Dados recentes da Secretaria da Saúde (Sesa) apontam que 19.828 pessoas vivem com HIV no Estado, sendo 913 novos casos registrados entre janeiro e novembro de 2024.

Rosalina do Carmo Santana, que vive com HIV há 24 anos, destaca a importância do acolhimento humanizado.

“No começo, foi muito difícil aceitar o diagnóstico, mas tive o apoio da minha médica, da enfermeira, da assistência social e da minha família. Hoje, sigo meu tratamento graças a esse suporte. A equipe do hospital é atenciosa e acolhedora, o que faz toda a diferença”.

Formas de prevenção e tratamento do HIV/Aids

Testar: a pessoa pode viver com HIV e não saber, pois a maioria das vezes se faz o diagnóstico realizando o teste, sem qualquer sintoma. O teste pode ser realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). O Estado disponibiliza gratuitamente e o resultado sai em até 30 minutos.

Tratar: a pessoa que tem o diagnóstico deve procurar um serviço para realizar o tratamento. Dessa forma, além de cuidar da própria saúde e manter o sistema imunológico eficiente, também impede a transmissão do vírus para outras pessoas.

O Espírito Santo oferece os Serviços de Atenção Especializadas (SAE), onde a medicação antirretroviral é fornecida para usuários do SUS e da rede privada, além de disponibilizar os insumos e exames necessários para o tratamento e o acompanhamento das pessoas que vivem com o HIV.

PEP: a pessoa pode realizar a profilaxia pós-exposição a material biológico de risco de infecção pelo HIV, caso tenha contato sexual sem preservativos ou pelo rompimento do preservativo, ou por acidente com material perfurocortante. Em qualquer um deles, o caminho é procurar o serviço até 72 horas após a exposição, para fazer o protocolo e iniciar a medicação antirretroviral, caso indicado, e que deve ser tomada por 28 dias.

PrEP: a pessoa também pode realizar a profilaxia pré-exposição de risco à infecção pelo HIV. Trata-se de um método de prevenção da infecção pelo vírus HIV, indicado para pessoas que têm alto risco de entrar em contato com o vírus. Consiste no uso de antirretrovirais que agem impedindo que o vírus consiga se multiplicar dentro do organismo, prevenindo a infecção. É fornecido pelo SUS, desde que indicado. A utilização, forma e tempo de uso são definidos de acordo com a avaliação realizada na UBS, e o procedimento deve ser iniciado antes do provável contato de risco.

Preservativos: qualquer pessoa pode ter acesso a preservativos internos (vaginais), externos (penianos) e gel lubrificante. São distribuídos gratuitamente nos serviços públicos de saúde.

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Atualizado: 17/12/2024 11:25

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