Vitória alcançou, em outubro, a liderança entre as capitais brasileiras com o metro quadrado mais caro para venda de imóveis residenciais, alcançando uma média de R$ 11.702. A capital capixaba, que figurava na segunda posição nos últimos meses, ultrapassou Florianópolis, onde o preço médio está em R$ 11.670/m². Os dados foram divulgados nesta terça-feira (5) pelo Índice FipeZap.
Nos últimos 12 meses, o valor dos imóveis em Vitória registrou uma alta de 7,32%, sendo 1,76% desse crescimento somente em outubro. A média nacional do preço do metro quadrado para imóveis residenciais, segundo o FipeZap, é de R$ 9.261, colocando Vitória acima da maioria das capitais.
Além de Vitória, Santa Catarina possui duas cidades que apresentam preços superiores, ambas fora do grupo das capitais: Balneário Camboriú, com o metro quadrado avaliado em R$ 13.700, e Itapema, com R$ 13.662. A capital capixaba liderou o ranking nacional no início de 2024, mas foi ultrapassada por Florianópolis em julho. Em outubro, no entanto, retomou a primeira posição entre as capitais.
Preços por bairro em Vitória
Alguns bairros de Vitória registram valores ainda mais elevados do que a média geral, alcançando o patamar de R$ 13 mil por metro quadrado, valor semelhante ao de regiões valorizadas do Rio de Janeiro, como a Barra da Tijuca.
Confira os bairros com os maiores valores na capital capixaba:
Enseada do Suá: R$ 13.311/m²
Praia do Canto: R$ 13.288/m²
Barro Vermelho: R$ 13.262/m²
Mata da Praia: R$ 13.209/m²
Outras áreas, embora abaixo da média dos bairros mais caros, também refletem a valorização do mercado imobiliário em Vitória:
Jardim Camburi: R$ 10.820/m²
Bento Ferreira: R$ 10.001/m²
Santa Lucia: R$ 9.467/m²
Jardim da Penha: R$ 9.247/m²
Praia do Suá: R$ 8.135/m²
Centro: R$ 3.189/m²
Motivos para a valorização
Eduardo Fontes, presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), explica que a valorização dos imóveis em Vitória deve-se a diversos fatores específicos da cidade. Segundo ele, a quantidade de bairros e unidades na capital capixaba é bem menor em comparação com grandes centros urbanos, como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, o que eleva o preço médio das unidades disponíveis.
Fontes ressalta que a maior parte dos imóveis contabilizados no índice são lançamentos e propriedades novas, que dominam os anúncios em relação a imóveis mais antigos. Além disso, ele aponta a limitação de áreas disponíveis para construção em Vitória, um fator que contribui para a alta nos preços.
“A valorização em Vitória ainda deve continuar por conta dessas limitações de oferta e crescimento. É preciso observar que a economia deve evoluir também na mesma proporção para que a renda da população acompanhe o preço”, afirmou Fontes, destacando a necessidade de equilíbrio entre o aumento nos valores dos imóveis e a renda da população local.