O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Cultura (Secult), realizou, nesse domingo (03), um evento em celebração ao Dia Nacional da Cultura, comemorado originalmente no dia 5 de novembro. Foram lançados o Projeto Patrimônio Vivo Capixaba e a publicação do Dossiê do Congo. Também foi assinado o projeto de Lei que institui o “Programa Estadual de Identificação e Referencialmente de Bens Culturais de Natureza Imaterial”.
Estiveram presentes na cerimônia o governador Renato Casagrande, a primeira-dama Maria Virginia Casagrande, secretários estaduais e o prefeito eleito da Serra, Weverson Meireles. “Estamos comemorando o Dia Nacional da Cultura aqui na Igreja dos Reis Magos, que ficou muito linda. Quem ainda não veio, venha visitar este belo monumento histórico e religioso do município da Serra e do Espírito Santo. Estamos lançando um livro sobre o Congo, uma manifestação cultural importante, além de registrar a Festa Raiar da Liberdade como Patrimônio Imaterial Capixaba. São muitas ações para que a gente possa deixar viva a nossa cultura. E como sempre digo, a cultura é a identidade do seu povo”, disse o governador Casagrande.
O evento também contou com uma celebração das tradições culturais locais, incluindo apresentações de bandas de congo, jongo e caxambu. Fabricio Noronha, secretário de Estado da Cultura, destacou a relevância do evento para a preservação e valorização do patrimônio imaterial do Espírito Santo. “É uma grande celebração pois são várias ações e várias entregas marcantes no mesmo evento. Além disso é um grande encontro de bandas de congo, jongo, caxambu, celebrando assim o patrimônio vivo capixaba, ou seja, de nossas culturas, das tradições que formam o nosso povo, que formam essa identidade tão diversa do capixaba”, ressaltou.
A publicação do Dossiê do Congo, desenvolvida pela Secretaria da Cultura por meio da Gerência de Memória e Patrimônio (GMP), é uma coletânea que visa ampliar o conhecimento sobre o Congo Capixaba. O documento reúne informações baseadas em entrevistas, pesquisa de campo, levantamento histórico, fotografia e gravações de áudio, documentando a história desse patrimônio imaterial registrado como Bem Cultural do Espírito Santo pelo Conselho Estadual de Cultura desde 2014.
Entre as novidades anunciadas, o Projeto Patrimônio Vivo Capixaba surge em parceria com o Instituto Raízes para inventariar e documentar 20 festividades da cultura popular tradicional, com o objetivo de promover e preservar as manifestações culturais capixabas. A iniciativa busca garantir o registro e o intercâmbio dessas expressões culturais por meio de editais direcionados a Organizações da Sociedade Civil.
Outro destaque do evento foi o reconhecimento da Festa Raiar da Liberdade, solicitada pelo Grupo de Caxambu Santa Cruz, como Patrimônio Imaterial Capixaba. O evento, organizado há 136 anos pelo Quilombo Monte Alegre em Cachoeiro de Itapemirim, conta com a liderança de Maria Laurinda Adão, mestra de caxambu que há mais de meio século está à frente das celebrações da festa. Na ocasião, ela recebeu o quadro e a concessão do registro oficial.
A assinatura de um projeto de lei também integrou a programação da solenidade. A matéria propõe alterações na Lei nº 6.237, de forma a incluir o reconhecimento de “lugares” como bens culturais imateriais e a instituir o Programa Estadual do Patrimônio Vivo. O projeto será encaminhado à Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) para apreciação dos deputados.