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Enfermeira sofria relação extremamente abusiva, afirma delegada

19 jan 2024 - 11:14

Redação Em Dia ES

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O ex-namorado e suspeito do crime “vigiava” a vítima o tempo todo, "ficava às vezes do lado de fora do trabalho dela, desde a hora que entrava até a hora que saía", afirmou a delegada
Delegada Maria da Glória Pessotti, titular da DP de Alfredo Chaves. Foto: Reprodução/sesp

Investigações apontaram que Íris Rocha de Souza, de 30 anos, assassinada com dois tiros na semana passada, sofria um relacionamento extremamente abusivo por parte do ex-namorado, Cleilton Santana, 27 anos, preso como principal suspeito de matar a enfermeira grávida de 8 meses.

A responsável pelo inquérito, delegada Maria da Glória Pessotti, titular delegacia de Alfredo Chaves e responsável pela investigação da morte da enfermeira, disse que o ex-namorado vigiava a vítima durante todo o dia. A perseguição era tanta, que ele chegava a esperar a ex-mulher na porta do trabalho, na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), onde ela era mestranda, até o momento da saída.

“Ela sofria um relacionamento muito abusivo com ele, a ponto de ele controlar até o telefone celular dela. Ele a monitorava o dia todo, ficava às vezes do lado de fora do trabalho dela, desde a hora que entrava até a hora que saía”, afirmou a delegada.

Em depoimento, parentes de Íris disseram que a enfermeira terminou o relacionamento com o suspeito logo após ser agredida com um golpe “mata-leão” que fez a vítima desmaiar. “Ela continuou a se encontrar com ele, até porque ela estava grávida, acredito que manteve o contato justamente por conta disso, da criança”, relatou.

De acordo com a delegada, o suspeito teria viajado à região Sul na terça-feira, 9 de janeiro, e o carro dele foi flagrado na região por câmeras de videomonitoramento.

Na quarta-feira (10), Cleilton teria voltado para Vitória, dia em que se encontrou com Íris e juntos partiram novamente para a região. A data da ida é confirmada pela polícia por conta de um recibo de mercado que estava no bolso da enfermeira, que dava conta de uma compra realizada às 8h daquele dia.

“Temos provas de que o carro dele estava no local. Ele fez a lavagem no veículo, o veículo foi apreendido ontem pela Polícia Civil e vamos fazer a perícia agora para ver se tem algum resquício de sangue dela ou alguma outra coisa que possa vir a provar os fatos”, disse.

De acordo com a delegada, quando foi encontrada, o corpo de Íris ainda não apresentava rigidez cadavérica, o que indica que o crime havia ocorrido há pouco tempo, provavelmente na noite anterior ou durante a manhã.

Cleilton Santana dos Santos foi preso na tarde desta quinta-feira (17) ao passar de carro com o advogado pelo posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Viana, na BR-262.

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Atualizado: 26/02/2024 22:19

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