Nos primeiros seis meses de 2023, o estado do Espírito Santo acumulou um saldo de 29.791 novos empregos com carteira assinada. No período, foram 264.261 contratações e 234.470 demissões, de acordo com dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados nesta quinta-feira, 27/7, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O número representa 73,7% do saldo de registros em carteira dos últimos 12 meses. Entre julho de 2022 e junho deste ano foram 40.421 novas vagas formais, com 491.299 admissões e 450.878 dispensas. Levando em conta apenas o mês de junho de 2023, o Espírito Santo teve uma marca positiva de 636 vagas formais, com 42.581 registros em carteira assinada e 41.945 dispensas.
Quatro dos cinco setores da economia avaliados pelo Caged tiveram saldo positivo de vagas de emprego formal em junho de 2023 no Espírito Santo. O destaque foi o setor de Serviços, com 16.718 admissões e 14.675 desligamentos, e saldo de 2.043.
Na sequência aparecem o Comércio (936 vagas), a Construção (797) e a Indústria (765). Os números do Espírito Santo só não foram mais expressivos porque o estado experimentou uma retração na agropecuária. O setor registrou 2.322 admissões e 6.227 demissões, um saldo negativo de 3.905.
Brasil
Nos primeiros seis meses de 2023, o Brasil teve um saldo de mais de um milhão de empregos criados com carteira assinada. Entre janeiro e junho, houve 11,9 milhões de contratações e 10,8 milhões de demissões registradas, saldo de 1,02 milhão.
Com isso, o Brasil chega a um total de 43,4 milhões de pessoas no mercado formal, o maior valor já registrado na série histórica levando em conta tanto o período do Caged (junho de 2002 a 2019) quanto do Novo Caged (a partir de 2020).
Em junho, o saldo foi de 157 mil postos formais, com variação positiva em 24 dos 27 estados e nas cinco regiões do país. O país contabilizou 1,91 milhão de admissões e 1,75 milhão de demissões no período. Levando em conta os últimos 12 meses, o saldo positivo é de 1,6 milhão de vagas criadas.
O maior crescimento do emprego ocorreu no setor de Serviços, com um saldo de 76,4 mil postos formais — destaque para a área de “Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas”, com saldo de 40 mil postos. A Agropecuária foi o segundo maior gerador de postos no mês, com 27,1 mil empregos gerados, favorecido pelo cultivo de laranja, em especial no estado de São Paulo, e de soja.
A Construção Civil veio em seguida, gerando 20,9 mil postos, com destaque para obras de infraestrutura, acompanhada pelo setor do Comércio (saldo de 20,5 mil postos). A Indústria gerou 12,1 mil vagas com carteira assinada no mês.
Regiões
No recorte regional, o Sudeste lidera em número de vagas formais em junho: 76 mil. Os destaques ficam com São Paulo (36,4 mil empregos formais), Minas Gerais (25,5 mil) e Rio de Janeiro (13,4 mil). Os três são os estados com maior variação positiva do país em junho. No recorte dos seis primeiros meses do ano, o saldo no Sudeste é de 525 mil empregos, ou mais da metade das vagas formais criadas no país.
O Nordeste registrou 33,6 mil vagas de saldo em junho, números puxados por Bahia (8,3 mil), Ceará (6,5 mil) e Pernambuco (5,3 mil). No Centro-Oeste, o saldo positivo é de 21,5 mil vagas nos primeiros seis meses do ano, sendo que 10,6 mil tiveram registro em Mato Grosso. No Sul, foram 9,5 mil vagas de saldo e protagonismo do Paraná, com 7,8 mil vagas. Já na Região Norte, o acumulado foi de 14 mil novas vagas, quase metade delas no Pará (6,8 mil).