O Ministério público do Espírito Santo (MP/ES), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpre seis mandados de prisão e de busca e apreensão no Estado nesta terça-feira (13). As seis pessoas são suspeitas de participar de organização criminosa formada para lavagem de dinheiro de recursos do jogo do bicho. A Operação denominada “Frisson” conta ainda com o apoio da Polícia Militar.
A Justiça também bloqueou bens dos investigados, como iates, avião, helicóptero, joias, motocicleta, veículos de luxo e 51 imóveis. As supostas fraudes podem ter causado prejuízo de mais de R$ 60 milhões ao Sistema Financeiro Nacional, de acordo com o Ministério Público do Espírito Santo (MP/ES).
Os alvos são suspeitos de ocultação de bens, direitos e valores obtidos com a exploração do jogo do bicho. Segundo o órgão ministerial, as atividades criminosas ocorriam há décadas e funcionavam como meio de vida e sustento dos investigados. De acordo com o MP/ES, esses recursos alimentavam outros negócios lícitos, usados apenas para dissimular a origem do patrimônio.
De acordo com o MP/ES, as empresas criadas eram usadas para ocultação de valores, além de simulações de transações de bens móveis e imobiliários em nomes próprios ou de laranjas. O grupo adquiriu bens de alto valor e usavam também de agiotagem para mascarar as operações financeiras irregulares. O MP/ES ainda afirma que os denunciados misturavam várias fontes de receita para confundir as autoridades de controle, utilizando o Sistema Financeiro em depósitos com dinheiro vivo.
Com a denúncia feita ao Judiciário, o MPES buscar ressarcir o Sistema Financeiro com o sequestro do patrimônio dos envolvidos, calculado em mais de R$ 64,67 milhões.
A investigação foi iniciada em setembro de 2021 e contou com o apoio da Polícia Federal e da Receita Federal. Em 2022, foram cumpridos diversos mandados judiciais de busca e apreensão em residências e empresas dos então investigados. Ao todo, na operação desta terça, quatro membros do Ministério Público coordenam os trabalhos, auxiliados por 29 agentes do Gaeco.