Uma técnica de enfermagem de 41 anos foi presa em flagrante nesta quarta-feira (21) no Hospital Estadual Sílvio Avidos, em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, após ser denunciada por cobrar R$ 15 mil da família de um paciente internado, oferecendo de forma irregular um suposto tratamento alternativo. A prática contraria os protocolos do Sistema Único de Saúde (SUS), que garante atendimento totalmente gratuito.
A denúncia foi feita pela esposa do paciente, que relatou à administração do hospital que havia transferido R$ 600 na sexta-feira (16) como parte do pagamento exigido pela profissional. No fim de semana, novas cobranças foram feitas, e outros R$ 5,5 mil foram depositados com ajuda de parentes. Desconfiada, a família questionou a funcionária, que admitiu ter solicitado o valor.
A direção do hospital acionou imediatamente a Polícia Militar, que foi até o local e efetuou a prisão em flagrante. A mulher foi conduzida ao Centro de Detenção Provisória (CDP) da região. Segundo a Polícia Civil, ela foi autuada por estelionato qualificado. As investigações continuam para apurar se há outros envolvidos ou vítimas da mesma prática.
Em nota, o Hospital Estadual Sílvio Avidos informou que, assim que tomou conhecimento da denúncia, comunicou a Polícia Militar e o Ministério Público. A funcionária detida possui contrato celetista, e os trâmites para sua demissão já foram iniciados. A unidade hospitalar esclareceu que o atendimento é 100% gratuito e que nunca havia registrado denúncia semelhante.
“A instituição reforça que presta atendimento 100% gratuito, sem qualquer tipo de cobrança, e que nunca havia recebido denúncia semelhante”, informou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) em nota à imprensa.
A gestão do hospital é feita pela Fundação iNOVA Capixaba, que também notificou o Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e afirmou estar adotando todas as providências cabíveis. A fundação reiterou que todos os serviços oferecidos nas unidades sob sua gestão são integralmente gratuitos e que não realiza cobranças de qualquer natureza, presencialmente ou por mensagens, a pacientes ou familiares.
“Não fazemos, presencialmente, por ligações ou envio de mensagens, solicitação de pagamento a pacientes e familiares para realização de procedimentos médicos”, informou a fundação, que orienta usuários a entrarem em contato com a Ouvidoria em caso de dúvidas ou denúncias e a registrarem Boletim de Ocorrência na Delegacia Online da Polícia Civil.
A página da Ouvidoria está disponível neste link e a Delegacia Online pode ser acessada aqui.