O Jayme dos Santos Neves, principal unidade de referência para coronavírus no Espírito Santo, atingiu 91% da ocupação
A taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para o tratamento da covid-19 ultrapassou a marca dos 90% nos hospitais da rede pública na Grande Vitória. Os dados são do Painel Covid-19, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que aponta ainda que, em todo o Espírito Santo, 82,44% desses leitos de UTI já estão ocupados.
Além disso, o hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra, principal unidade de referência para tratamento do coronavírus no Espírito Santo, atingiu a maior taxa de ocupação de leitos de UTI desde o início da pandemia, chegando a 91%.
Em pronunciamento pelas redes sociais, na noite desta segunda-feira (1º), o governador Renato Casagrande, afirmou que o Governo do Estado está se empenhando para disponibilizar mais vagas para a população capixaba nos hospitais da rede pública.
Ele citou que foram abertos, nesta segunda-feira, dez leitos de UTI e oito de enfermaria para pacientes com coronavírus, na Santa Casa de Guaçuí, no sul do estado. Além disso, segundo o governador, estão previstos ou já foram abertos 39 leitos de UTI e 119 de enfermaria para outras enfermidades, em quatro unidades de saúde no Estado: Hospital dos Servidores e Clínica dos Acidentados, em Vitória, Hospital Infantil de Cachoeiro de Itapemirim e hospital Padre Máximo, em Venda Nova do Imigrante.
Casagrande anunciou também a compra de mais 100 respiradores para equipar as UTI’s dos hospitais estaduais e filantrópicos do Espírito Santo. Segundo o governador, os equipamentos foram comprados da Itália e já estão em São Paulo, devendo chegar ao Espírito Santo nos próximos dias.
Medidas mais duras
No entanto, Casagrande destacou que a disponibilização de mais leitos de UTI não é suficiente se a população não adotar as medidas de distanciamento social. O governador também lembrou que, caso a taxa de ocupação dos leitos de UTI para covid-19 chegue a 91% nos hospitais do Espírito Santo, medidas mais radicais serão adotadas, como prevê a terceira etapa da matriz de risco, que entrou em vigor nesta semana.
“Nossa prioridade é salvar a vida das pessoas. Então, se for preciso, nós tomaremos medidas mais radicais. Isso está vinculado ao percentual de leitos ocupados. Se chegar a 91%, a gente tem que fechar comércio, fechar serviço. A gente sabe que uma ou outra pessoa precisa trabalhar para sustentar sua família. Mas teremos que adotar medidas de restrição às atividades econômicas e sociais com mais rigor. Espero não chegar a esse ponto”, afirmou Casagrande, durante o pronunciamento.