O mês de setembro marca o “Setembro Verde”, uma campanha dedicada à conscientização e ao incentivo à doação de órgãos no Espírito Santo.
A ação, que ocorre ao longo de todo o mês, busca promover debates e atividades que reforçam a importância de declarar para a família a intenção de ser doador, uma decisão que pode salvar vidas.
Segundo a coordenadora da Central Estadual de Transplantes do Espírito Santo (CET-ES), Maria Machado, a informação e o diálogo com a família sobre o desejo são fundamentais. “Fazer com que a família saiba sobre o desejo de doar do parente falecido, norteiam positivamente para que os familiares atendam a esse desejo”, ressaltou a profissional.
Maria Machado pontua ainda que a conscientização da sociedade sobre a importância da doação de órgãos e a desmistificação do tema são fundamentais para ampliar o número de doadores. “Durante este mês, os debates terão foco em esclarecer o assunto, visando derrubar os tabus que limitam as famílias no momento mais difícil, a perda de um ente querido”, disse.
Durante este mês, hospitais estaduais como o Hospital Dr. Jayme Santos Neves, em Serra, e o Hospital Infantil Alzir Bernardino Alves, em Vila Velha, realizam eventos e palestras com o objetivo de desmistificar o tema e educar profissionais de saúde e a população em geral sobre a importância da doação de órgãos.
No Espírito Santo, são realizados transplantes de coração, fígado, rim, córnea/esclera, medula óssea autólogo e medula óssea aparentado e não aparentado.
De janeiro a julho deste ano, o Estado realizou 332 transplantes de órgãos sólidos, tecidos e medula. No mesmo período, foram realizadas 104 entrevistas familiares para doação de órgãos, com 53% de aceitação, isto é, com o “sim” da família, e 38% de recusa.
Em 2023, o Estado realizou 474 transplantes de órgãos sólidos, tecidos e medula. No mesmo ano foram realizadas 162 entrevistas familiares, com 45% de aceitação, com o ‘sim’ para a doação de órgãos, e 42% de recusa.
As entrevistas ocorrem nos serviços de saúde após a confirmação por morte encefálica do potencial doador, onde os profissionais de saúde, que atuam nas Comissões Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), promovem o acolhimento familiar.
Até a última quarta-feira (28), 2.500 capixabas estavam aguardando por um órgão no Estado, sendo 1.176 para rim, 1.279 para córnea, 43 para fígado e dois à espera de um coração.