Setembro Amarelo é uma das campanhas antiestigma de maior alcance no mundo, aderida em território nacional desde 2014, por encorajamento de órgãos da área da psicologia e da psiquiatria. O objetivo principal é o de trazer luz sobre as discussões referentes à saúde mental para a prevenção do suicídio. Profissionais da área defendem que a iniciativa pode combater o número de casos e desmitificar temas que envolvem transtornos mentais.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou, em 2019, que mais de 700 mil suicídios são registrados por ano em todo mundo — considerando as subnotificações, a estimativa é a de que ocorram mais de 1 milhão de casos. No Brasil, segundo dados do DataSUS, o total de óbitos por lesões autoprovocadas dobrou de 7 mil para 14 mil nos últimos 20 anos, o equivalente ao número de mortes provocadas por acidentes de moto, por exemplo.
O índice de casos é mais alto entre o público masculino no país: 12,6% por cada 100 mil homens morrem devido ao suicídio. Entre as brasileiras, a porcentagem é de 5,4% por cada 100 mil mulheres. No recorte de adolescentes e jovens adultos (de 15 a 29 anos), essa é uma das maiores causas de morte, atrás de acidentes no trânsito, tuberculose e violência. “Independentemente da faixa etária e gênero, os dados mostram que esse é um tipo de problema que atinge toda população. Levar essa questão ao centro do debate das comunidades é fundamental no caminho para a prevenção”, ressalta coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, professora Daniele Buzatto Souza.
De acordo com a acadêmica, o assunto deve ser abordado com responsabilidade, a fim de promover informações pertinentes no auxílio de pessoas com depressão, além de atingir amigos e familiares que consigam identificar casos alarmantes em seus círculos sociais. “A fragilidade emocional pode ser silenciosa e fatal, para diminuir os danos causados à sociedade, promover essa conversa com profissionais qualificados pode ser o caminho para minimizar tais prejuízos”, afirma.
Apoio
Pessoas em situação de vulnerabilidade emocional pode recorrer ao apoio telefônico oferecido pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), que faz atendimento voluntário e gratuito para indivíduos que precisam conversar, de forma sigilosa, sobre seus problemas pessoais. O serviço é disponibilidade 24 horas por dia pelo telefone 188.
O acompanhamento profissional é recomendado para manutenção da saúde mental. Consultas psicoterapêuticas com psicólogos qualificados podem contribuir para a melhoria da qualidade de vida da sociedade e são recomendadas para lidar com os desafios do dia a dia.
Clínica-Escola
A clínica-escola de Psicologia da Faculdade realiza consultas psicoterapêuticas para população por meio de taxa social. O objetivo é contribuir para a melhoria da qualidade de vida da sociedade. Os atendimentos são feitos por estudantes de graduação supervisionados por docentes das respectivas áreas de ensino. Os agendamentos podem ser feitos nas secretarias das unidades.
Sobre a Anhanguera
Fundada em 1994, a Anhanguera já transformou a vida de mais de um milhão de alunos, oferecendo educação de qualidade e conteúdo compatível com o mercado de trabalho em seus cursos de graduação, pós-graduação e extensão, presenciais ou a distância.
Presente em todos os estados brasileiros, a Anhanguera presta inúmeros serviços à população por meio das Clínicas-Escola na área de Saúde e Núcleos de Práticas Jurídicas, locais em que os acadêmicos desenvolvem os estudos práticos. Focada na excelência da integração entre ensino, pesquisa e extensão, a Anhanguera oferece formação de qualidade e tem em seu DNA a preocupação em compartilhar o conhecimento com a sociedade também por meio de projetos e ações sociais.