Esta semana o ator Tony Ramos (75) precisou se submeter a duas cirurgias para tratar um sangramento intracraniano após se sentir mal e precisar cancelar gravações, também, o ex-assistente de Silvio Santos, Roque (87), desmaiou em um restaurante e precisou ser internado com o mesmo problema.
O que é o sangramento intracraniano?
Um sangramento intracraniano é uma hemorragia que ocorre dentro do crânio do indivíduo podendo causar fortes cefaléias, náuseas, crises epilépticas, vômitos, falta de equilíbrio, letargia, desmaios e até mesmo déficits neurológicos.
A depender da proporção da hemorragia, o problema pode ser fatal em poucos dias podendo também gerar sequelas após a recuperação por danificar as células cerebrais
O que causa o problema?
De acordo com o médico Dr. Vital Fernandes Araújo, existem várias causas para esse problema, mas a mais comum é a hipertensão.
“O sangramento intracerebral pode ser causado por diversas razões, como aneurismas, traumas cerebrais, uso de drogas, malformação, entre outras, mas a causa considerada mais comum é a hipertensão arterial”, explica.
Como é feito o tratamento?
“Em casos leves, a reabsorção do sangue pode resolver os sintomas. O diagnóstico em emergência determina o grau da hemorragia e a viabilidade da reabsorção”.
“Em casos mais graves, o tratamento começa na emergência, estabilizando os parâmetros vitais, garantindo as vias aéreas, reduzindo a pressão intracraniana com medicamentos, e equilibrando eletrólitos. Mas as medidas tomadas a seguir variam de acordo com a situação do paciente e as causas do problema”, afirma o Dr. Vital Fernandes Araújo.
Para aprofundar o entendimento sobre o sangramento intracraniano, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, Pós PhD em Neurociências e orientador do médico Dr. Vital Fernandes Araújo, acrescenta uma perspectiva crucial sobre o impacto da condição no funcionamento cognitivo e emocional dos pacientes.
“É fundamental reconhecer que, além dos sintomas físicos evidentes, um sangramento intracraniano pode afetar significativamente a cognição e o estado emocional do paciente. Alterações no humor, na capacidade de concentração e na memória são frequentemente observadas após tais eventos. Portanto, uma abordagem holística no tratamento que inclua suporte neuropsicológico é essencial para uma recuperação mais completa”, explica Dr. Agrela.
Essa abordagem integrativa ressalta a importância de considerar todos os aspectos do bem-estar do paciente no processo de recuperação.