Pacientes oncológicos apresentam quadro de depressão em mais de 5,9% dos casos, segundo estudo
Para muitas pacientes com câncer de mama, o impacto psicológico que a doença causa pode desencadear, em alguns casos, a depressão. A descoberta de um câncer geralmente representa uma sobrecarga emocional e pode levar à reações de ajustamento ou mesmo ser gatilho de distúrbios afetivos. Segundo um estudo realizado pela Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, mulheres com câncer de mama apresentam prevalência de depressão maior do que 5,9%. Entretanto, especialistas explicam que nem toda alteração de humor deve ser considerada como depressão, já que muitas vezes a paciente apresenta apenas labilidade emocional.
A psicóloga, Gabriela Simmer, alerta que os efeitos da depressão podem influenciar, inclusive, no tratamento do câncer, uma vez que nas pessoas deprimidas, os recursos emocionais podem ser mais frágeis. “Preocupadas com as alterações corporais que podem acontecer devido o diagnóstico do câncer de mama, como por exemplo, a queda de cabelo e cirurgia mamária, muitas mulheres podem ter sua autoestima afetada após o tratamento oncológico. Nesse sentido, muitas pacientes podem apresentar quadros de tristeza profunda, perda de apetite, insônia e falta de concentração. Esses sintomas precisam ser avaliados e cuidados”, explica a especialista.
Tratamento da depressão
Existem diferentes tipos de tratamento para depressão, que ajudam a atenuar os efeitos da doença, inclusive, em pacientes com câncer de mama. “Uma das principais formas de cuidar do paciente depressivo, de acordo com as evidências científicas, é com psicoterapia e medicação psiquiátrica. O cuidado suportivo da família é também uma peça fundamental para o enfrentamento da doença”, ressalta a psicóloga.