Nove pessoas morreram em decorrência da dengue no Espírito Santo nas últimas semanas. O número de mortes triplicou em duas semanas no Espírito Santo. Em entrevista à Rádio CBN Vitória, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, informou que o Estado já vive uma epidemia da doença.
“Até a data de hoje (06), nós temos 38 mil notificações de dengue. É verdade que são notificações que ainda carecem de uma confirmação, mas em todo o ano de 2022 nós tivemos 21 mil notificações. Extrapolamos bastante o número do ano anterior. Então isso representa, sim, uma epidemia”, afirmou.
Em 2023, além dos nove óbitos, outras oito estão sob investigação. É importante frisar que o aumento no número de óbitos não significa que todos eles ocorreram durante o período, já que existe o tempo de análise de amostras para confirmar a causa.
Outra preocupação, disse o subsecretário diz respeito às notificações em relação ao número de habitantes. O Ministério da Saúde classifica a incidência da dengue em três níveis: baixa (menos de 100 casos/100 mil habitantes), média (de 100 a 300 casos/100 mil hab.) e alta (mais de 300 casos/100 mil hab.).
“O Espírito Santo já tem mais de 800 casos notificados a cada 100 mil habitantes, e se nós tivéssemos uma linha de corte para o que seria um número aceitável, seria de 200 casos notificados a cada 100 mil habitantes. É praticamente quatro vezes a mais”, pontuou Reblin.
O subsecretário ressaltou que o aumento de casos ocorre devido à maior circulação de pessoas com o afrouxamento da pandemia da Covid-19. Além disso, é um período em que normalmente já existe um aumento da incidência, por conta das chuvas de verão.