A informação foi confirmada pelo secretário de Saúde, Nésio Fernandes
A variante brasileira do coronavírus, com o nome de P1 já circula em transmissão comunitária no Espírito Santo. Em coletiva na tarde dessa segunda-feira (10), o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, confirmou a informação e disse que a cepa identificada pela primeira vez em Manaus, pode ser ainda mais letal que a variante inglesa e traz riscos para população mais jovem.
“Nós já identificamos a transmissão comunitária da variante P1 dentro do nosso Estado em estudos feitos pela rede privada e também pelo Laboratório Central, de maneira que a variante P1 circulando, junto com a P2 e a variante inglesa, povoam o hall de variantes desta doença, e hoje ameaçam toda estabilidade em relação ao controle da pandemia”, afirmou.
O secretário há havia alertado, recentemente, sobre a circulação da P1 em municípios de Minas Gerais, próximos a divisa com o Espírito Santo. Na ocasião, ele afirmou que Estado estava sob o risco da transmissão comunitária de novas variantes e destacou que a cepa de Manaus possui um comportamento ainda mais crítico na população jovem e adulta. Nesta segunda, Nésio reforçou que as novas variantes podem comprometer o Estado.
“Elas podem representar o risco para uma nova expansão em um contexto ainda da sazonalidade das doenças respiratórias. Havendo o rejuvenescimento das internações, podemos ter um cenário crítico como aqueles vividos em outros estados. Há um predomínio da população com mais de 30 anos e um aumento da infecção maior na população de 20 a 30 anos”, afirmou.
Vacinação
Durante a transmissão, Nésio Fernandes destacou que a vacinação contra a covid-19 está avançando no país. Segundo ele, o Espírito Santo tem se destacado na cobertura vacinal e, até o mês de junho, o Estado deve alcançar a plena cobertura da vacinação da população idosa.
“Nós devemos alcançar, no mês de junho, a plena cobertura de vacinação da população idosa, considerando que devemos ter 100% da população idosa coberta com uma dose da Astrazeneca e com duas doses da vacina Coronavac. Essa cobertura será suficiente para repercutir em uma esperada redução dos óbitos na população idosa em proporções maiores”, disse o secretário.
Doenças respiratórias
“Mesmo tendo um êxito muito grande com a quarentena no nosso Estado e um momento de rápida queda do número de casos, internações e óbitos, até a semana epidemiológica 25, compreendida entre os dias 20 a 26 de junho, vivemos um período crítico favorável ao surgimento de doenças respiratórias e que podem incrementar o risco de surgimento de novas oscilações positivas da curva de casos, internações e óbitos.”