O Laboratório Central do Espírito Santo (Lacen-ES) identificou a primeira amostra infectada pela covid-19 com a sublinhagem da Ômicron, a XBB.1.5. Esse é um dos primeiros casos confirmados até o momento, em todo o território brasileiro, segundo a Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Segundo o diretor do Lacen/ES, Rodrigo Ribeiro Rodrigues, esse resultado reforça a importância de a população realizar a testagem pelo método RT-qPCR, que é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“A descoberta aconteceu porque a amostra é de um paciente que, mesmo após resultado negativo pelo teste de antígeno, procurou o atendimento para realizar o RT-qPCR, uma vez que continuava apresentando sintomas gripais. Aproveitamos para reforçar a importância do exame de RT-qPCR para o diagnóstico conclusivo e para a garantia da atuação da vigilância genômica de forma eficaz no Estado e em nosso país”, alertou Rodrigues.
Vigilância genômica da covid-19 no Espírito Santo
A vigilância genômica analisa o sequenciamento genético das amostras da covid-19, e através disso é possível contribuir para a criação de protocolos de diagnósticos mais precisos, gerar informações para o desenvolvimento de vacinas e identificar de forma mais ampla e ágil a evolução molecular e os padrões epidemiológicos do vírus, incluindo o surgimento e a circulação de novas variantes.
O que é a XBB.1.5
A XBB.1.5 é uma sublinhagem da Ômicron. A Ômicron é uma variante da covid-19 conhecida como uma das mais transmissíveis. No Brasil, a primeira confirmação da XBB.1.5 aconteceu no início de janeiro deste ano, em uma amostra do estado de São Paulo.
No mundo, a XBB.1.5 despertou preocupação em virtude do aumento de casos percebidos no Estados Unidos e de sua rápida disseminação, uma vez que esta tem uma mutação que lhe confere a capacidade de se ligar mais facilmente às células humanas.
“É uma subvariante que tem sido observada com muita atenção em todo o mundo, mas os estudos mostram que até o momento não há indicação de que esta seja mais patogênica, ou seja, mais grave e letal que as variantes e subvariantes originárias. Os pacientes por ela infectados têm apresentado sintomas semelhantes aos da gripe”, complementou o diretor do Lacen-ES.