A unidade também completa um ano sendo administrado pela Fundação Estadual de Inovação em Saúde – iNOVA Capixaba
Nesta quarta-feira (15), o Hospital Estadual Central – Dr. Benício Tavares Pereira (HEC) completa 12 anos de história, com atendimento de qualidade e excelência à população. E agora, a comemoração é dobrada: há um ano a Fundação Estadual de Inovação em Saúde – iNOVA Capixaba assumia a prestação de serviços em saúde da instituição.
O período foi de inúmeros aprendizados e melhorias, que contribuíram para mudanças no atendimento do hospital e na ampliação do quantitativo de pacientes que receberam os cuidados assistenciais requeridos. Os dados referentes a esse primeiro ano destacam alguns pontos importantes de evolução e crescimento.
Mais celeridade e controle em processos administrativos
A área de suprimentos passou por mudanças significativas e hoje baseia seus processos de compra na Lei nº 8.666, que estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Com isso, o setor se desenvolveu e está em fase de construir um cenário de centralização de abastecimento de itens sob os cuidados dos suprimentos, retirando essa responsabilidade dos gestores de cada área. “Estamos caminhando para essa situação ideal, envolvendo a redefinição de processos nessa área. Acredito que quando concluídos e implementados, vamos trazer benefícios para todo mundo”, defende o diretor de Operações, Logística, Tecnologia da Informação, Infraestrutura e Manutenção, Leonardo Tavares.
A mudança nesses processos de compra inclui um fornecimento de materiais para períodos mais longos, o que dificultou o armazenamento no HEC, por não dispor de espaço físico suficiente em suas instalações. Agora, a questão foi solucionada, com a locação de um espaço próprio para estocagem desses itens. “As estruturas de almoxarifado são muito pequenas para esse formato de compra. São estoques para 90 dias, em alguns casos até mais. A conquista do novo galpão vem para desafogar e aliviar esse impasse de espaço físico dentro do hospital”, completou Tavares.
Destaque para a engenharia clínica
A Engenharia Clínica da unidade é um ponto que também merece destaque, conseguindo alcançar outro patamar em seu acervo. O mapeamento do parque tecnológico foi um grande avanço, com a relação dos equipamentos que o hospital tem e que influenciam na segurança do paciente e na realização de procedimentos.
Para o diretor de Gente, Gestão, Finanças e Compras, Jorge Teixeira, houve uma mudança substancial na cultura de trabalho: “a iNOVA veio com os princípios da Administração Pública na prestação de serviços em saúde do HEC, então, estamos aperfeiçoando os mecanismos de controle na gestão administrativa e financeira.”
Ele destaca ainda a eficiência do gasto público, com o aumento do número de pessoas atendidas mantendo os mesmos recursos disponibilizados anteriormente. Hoje, o tempo de permanência dos pacientes no hospital foi reduzida, o que viabiliza a ampliação dos procedimentos para alcançar ainda mais cidadãos que necessitam de atendimento. “Cada paciente custa menos para o Estado do que em anos anteriores. Estamos produzindo mais, com a mesma verba”, acrescentou Teixeira.
Além dessas mudanças importantes, o diretor de Assistência, Ensino, Pesquisa e Inovação, Diego Conte, ressalta a manutenção do índice de satisfação do usuário, o aumento do número de saídas hospitalares, inclusive, qualificando os serviços prestados, ou seja, executando os serviços em quantidade, mas em complexidades maiores do que eram executadas anteriormente.
“As equipes médicas estão alinhadas à direção do hospital, o que também é um ganho enorme. É realizada uma reunião semanal em que os médicos conseguem discutir indicadores e alinhar metas. Com isso, a gente observa a colheita desses resultados. O que está acontecendo não é por acaso, é uma metodologia, são processos de trabalho, pactuações de monitoramento que estão conseguindo chegar nesse desfecho. É um trabalho árduo, pelo qual eu parabenizo, a direção do hospital, responsáveis por fazer isso acontecer”, disse Diego Conte.
Captação de órgãos
Um fator que ganhou destaque na mídia neste ano foi o crescimento exponencial do número de captações de órgãos no HEC. Em todo o ano de 2020, foram nove órgãos e tecidos captados, enquanto neste ano já foi atingida a marca de 127 órgãos e tecidos doados até esta terça-feira (14).
Quanto aos planejamentos futuros, alguns projetos já estão em andamento. “Já foi aprovado o organograma por linhas de cuidado, então o paciente será assistido da entrada até a saída e, se for o caso, no seu retorno também. Isso vai qualificar ainda mais a estada e melhorar a satisfação do usuário ao fim da internação no hospital. Também há projetos para qualificar o Núcleo Interno de Regulação (NIR), melhorar os rounds multidisciplinares e implantar um plano terapêutico. Essas são algumas das medidas que serão desenvolvidas e irão melhorar muito a assistência”, afirmou o diretor Assistencial.
Potencial assistencial
Para o diretor-geral do HEC, Miguel Duarte, estar à frente da instituição é motivo de muito orgulho. “Desde a sua fundação, o Hospital Estadual Central figura como um ator de grande importância dentro do SUS capixaba. Sempre realizando cirurgias complexas, ao longo dos anos foram agregadas mais especialidades e mais diversidades na sua assistência. Assumir a gestão de um hospital tão complexo e com tantos anos de excelentes serviços prestados à população capixaba foi um grande desafio para todos nós. Manter e ampliar a qualidade de todos os serviços, oferecendo mais e melhor, era nossa missão”.
O diretor técnico Marcelo Torres acredita no potencial da unidade e afirma que “com foco na melhoria dos fluxos e dos processos gerenciais e assistenciais, trouxemos um novo pensar a todos aqueles que aqui já estavam e aqueles que vieram junto conosco nessa empreitada. Com uma equipe assistencial engajada no novo pensar, em um ano, conseguimos melhorar o que já era muito bom. Aumentamos o número de saídas, ampliamos as linhas de cuidado, realizamos um maior número de cirurgias, além de novos tipos. É o novo jeito de cuidar, o jeito de cuidar da Fundação iNOVA”, disse.
O diretor geral da iNOVA Capixaba, Rafael Amorim, cita que há perspectivas de mais avanços “a apesar de todo progresso, temos muito para evoluir superando desafios diariamente e aprendendo com eles, como a pandemia, oferecendo ainda serviços em saúde com inovação e qualidade à população capixaba”, concluiu.