Os debates ocorreram no Hospital Estadual Central e no Hospital Estadual Antônio Bezerra de Faria (HABF), ambos gerenciados pela iNOVA Capixaba.
O Hospital Estadual Central – Dr. Benício Tavares Pereira (HEC), em Vitória, e o Hospital Estadual Antônio Bezerra de Faria (HABF), em Vila Velha, realizaram, nas últimas semanas, vários debates para marcar o mês da Diversidade, em alusão ao Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, que aconteceu nessa terça-feira (28).
A luta contra a discriminação e em favor da garantia e proteção dos direitos da comunidade LGBTQIA+ foi destaque em duas rodas de conversa, que contaram com a participação de cerca de 100 colaboradores das duas instituições hospitalares. Ambas as unidades são gerenciadas pela Fundação Estadual de Inovação em Saúde – iNOVA Capixaba.
No dia 07 de junho, o presidente do Conselho Estadual de Políticas LGBT, vinculado à Secretaria de Direitos Humanos (SEDH), João Lucas Côrtes, conduziu uma roda de conversa sobre o enfrentamento à LGBTfobia no serviço público. A palestra aconteceu no Hospital Estadual Antônio Bezerra de Faria (HABF).
Na ocasião, Côrtes disse que o preconceito nos ambientes de saúde pode agravar para um quadro de doença. “Se eu, por exemplo, dentro de um hospital sou violentado pela minha orientação sexual, pela minha identidade de gênero, isso possivelmente vai me deixar ainda mais doente”, frisou. Ele destacou que o Espírito Santo tem um plano estadual de enfrentamento à LGBTfobia e lembrou que o Conselho está à disposição para acolher demandas e propor soluções.
Já no dia 24 de junho, o auditório do HEC recebeu o advogado Wesley Francys dos Santos Gregório, presidente da Comissão de Diversidade Sexual e Gênero, da 11° Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES) – Seccional Espírito Santo. O debate contribuiu para reflexões acerca do papel do agente público no combate ao preconceito e às LGBTfobias.
Gregório destacou que o tema precisa sempre estar em pauta e que a isonomia é um dos princípios basilares do serviço público. “Como o serviço público lida com pessoas, você tem que ter conhecimento da diversidade, não só da LGBTfobia, mas também com relação ao racismo, machismo, misoginia, pois essas coisas estão interligadas. É fundamental ter um agente público preparado para lidar com a diversidade”, ponderou.
O advogado da OAB-ES acrescentou também que dialogar sobre a importância de identificar a LGBTfobia demonstra que o hospital está ligado no avanço da questão das minorias.
