Saúde

Governo do ES entrega novos leitos de UTI para tratamento da Covid-19

15 mar 2021 - 10:00

Redação Em Dia ES

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O anúncio foi feito pelo governador Renato Casagrande (PSB) durante transmissão ao vivo pelas redes sociais
O Governo do Espírito Santo entregou, nesta segunda-feira (15), mais 18 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Estadual Dório Silva, na Serra, na Grande Vitória, para o atendimento exclusivo a pacientes com casos graves de Covid-19. O anúncio foi feito pelo governador Renato Casagrande (PSB) durante transmissão ao vivo pelas redes sociais.

“Estamos abrindo mais 18 leitos de UTI para fazermos a gestão na luta contra a Covid-19. Bom que a gente continue com essa política de abertura de leitos. O Espírito Santo tem o maior número de leitos per capita do Brasil. Vamos abrir mais 22 leitos de UTI no hospital estadual em São José do Calçado. Fechamos ontem com 88% de ocupação de leitos de UTI. Estamos chegando ao nosso limite e essa última noite foi de muita pressão com pacientes demandando leitos”, afirmou o governador.

Segundo o governo, a ampliação destes leitos faz parte de uma adequação estrutural realizada no hospital com a reabertura da UTI 3 para o tratamento da Covid-19. Na manhã desta segunda, o painel de leitos do governo estadual mostra que a ocupação dos leitos no estado está em 90%.

Ainda de acordo com o governo, os investimentos estaduais para adequação estão estimados em R$ 65 mil.

Em 2020, o Hospital Dório Silva passou por uma reforma com obras para ampliação dos leitos pelo “Programa Leitos Para Todos”. Atualmente, com a nova adequação do espaço, a unidade passará a disponibilizar 42 leitos de UTI exclusivos para a Covid-19.

O secretário de Saúde, Nésio Fernandes, ressaltou que o dia será de reuniões com a rede privada e filantrópica de hospitais do estado e que a secretaria está redimensionando a programação de ampliação de leitos.

“Estamos redimensionando a programação de ampliação de leitos para poder responder de maneira adequada ao momento grave de crise. Já estamos com o gabinete de resposta rápida em atividade desde cedo e o final de semana também foi de trabalho. Hoje teremos reuniões com os hospitais privados para desenhar estratégias comuns às redes pública e privada. Também nos reuniremos com os hospitais filantrópicos do estado”, pontuou Nesio.

O governador informou ainda que estará reunido com os chefes dos poderes, empresários e lideranças da sociedade civil para a preservação da capacidade de atendimento.

“O momento exige responsabilidade de cada um. A situação se agravou muito no Brasil e também no Espírito Santo. Infelizmente, vemos muitas pessoas se aglomerando, fazendo festas”, afirmou Casagrande.

Reunião de emergência
O governador Renato Casagrande vai se reunir nesta segunda-feira, dia 15, com representantes de vários setores econômicos e de entidades da sociedade civil para discutir medidas mais duras de combate à pandemia. Casagrande citou a elevação no número de atendimentos pelo sistema público de Saúde, com a ocupação de leitos de UTI para pacientes de covid-19 ter ultrapassado a barreira dos 88% na noite de domingo, dia 14, e também o fato de as últimas horas terem sido “de muita pressão” nos hospitais do Espírito Santo, tanto na rede pública quanto na particular. “Vamos conversar em busca de um pacto com a sociedade”, afirmou Casagrande.

“Fique em casa”
Apesar da entrega, o governo alerta para a necessidade de as pessoas ficarem em casa, manterem o isolamento. “Abrir leitos não resolve. Pelo nosso levantamento, já temos o maior número de leitos por habitante do Brasil”, afirmou o governador. O secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, completou: “Tivemos que colocar pacientes da rede particular em hospitais públicos”. A afirmação do secretário está ligada ao aumento da demanda vivido nessa noite no sistema de saúde.

Diante desse quadro, Casagrande considera inevitável adotar medidas mais rígidas para manter as pessoas em casa. “Infelizmente voltamos a fase em que vamos ter de pedir para as pessoas ficarem em casa. Vivemos um momento muito grave, o mais grave da pandemia. O objetivo de reduzir a circulação das pessoas não é só reduzir a transmissão, mas também o de diminuir os atendimentos nos hospitais para pacientes de outras doenças e situações, como os traumas, por exemplo”.

Para manter as pessoas em casa, o governo precisará adotar novas medidas. Normalmente, elas seriam anunciadas na sexta-feira, juntamente com o novo mapa de risco. Mas é bastante provável a antecipação dessas decisões, a serem tomadas com representantes da sociedade, no “pacto” buscado pelo governador. No domingo, ele foi alvo de críticas e ataques durante manifestações ocorridas na Grande Vitória.
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Atualizado: 15/03/2021 10:00

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