Em comparação com os últimos 14 dias, a média móvel do número de casos teve um aumento de 193,98%, saltando de 231 pessoas infectadas por dia para 677
Em meio à proliferação da variante ômicron do coronavírus, o Espírito Santo registrou um novo recorde de novos casos de covid-19 em 24 horas, com 6.945 de infectados. O total de casos chegou a 643.421. Mas, com o avanço da vacinação, as mortes seguem em queda. No mesmo período, uma pessoa perdeu a vida em decorrência da doença, elevando o total para 13.353.
O Painel Covid-19, atualizado pela Secretaria de Estado da Saúde, mostra que a maior média de casos confirmados em 24 horas foi no dia 22 de março do ano passado: 3.810 pessoas contaminadas. Em comparação com os últimos 14 dias, a média móvel do número de casos teve um aumento de 193,98%, saltando de 231 pessoas infectadas por dia para 677.
A Secretaria da Saúde confirmou os 6.945 novos casos confirmados da doença no estado entre este domingo (9) e segunda-feira (10). Esclareceu ainda que são casos que foram confirmados na data desta segunda-feira, porém, podem ter sido notificados em datas anteriores
No final de dezembro, a Organização Mundial da Saúde alertou que um “tsunami de casos de covid” está sobrecarregando os hospitais no mundo todo. E avisou que o Brasil não está imune. “A delta e a ômicron são agora ameaças gêmeas, que estão provocando recordes de infecções e levando a picos de hospitalizações e mortes”, disse Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS.
O chefe da OMS estava muito preocupado com o que chamou de “tsunami de casos” e com uma pressão imensa sobre profissionais da linha de frente exaustos e sistemas de saúde à beira do colapso.
Ainda nesta segunda-feira, em pronunciamento, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, disse que a Grande Vitória registrou aumento de 533% entre a última semana de dezembro e a primeira semana de janeiro. Em números totais, os casos positivos nesse período saltaram de 324 para 2.053.
Na avaliação do secretário, essa nova expansão dos casos associada à presença da ômicron e terá um comportamento diferenciado se comparado às ondas enfrentadas ao longo da pandemia. Isso, segundo Fernandes, se dará principalmente pela cobertura vacinal que protege a população.