Saúde

Espírito Santo amplia acesso à mamografia para mulheres a partir dos 40 anos

24 out 2024 - 13:52

Redação Em Dia ES

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A partir de outubro, exame de rastreamento passa a ser ofertado pelo SUS para ampliar diagnóstico precoce do câncer de mama
Espírito Santo amplia acesso à mamografia para mulheres a partir dos 40 anos. Foto: Getty Images Signature

O Espírito Santo deu um passo significativo na ampliação do acesso ao exame de mamografia, um dos principais métodos de detecção precoce do câncer de mama. A partir deste mês, todas as mulheres a partir de 40 anos poderão realizar o exame pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A medida, inédita no estado, foi oficializada nesta quinta-feira (24) por meio da Portaria 144-R/2024, publicada no Diário Oficial.

A decisão de antecipar a faixa etária do rastreamento de 50 para 40 anos foi embasada no aumento de diagnósticos de câncer de mama em mulheres mais jovens. Dados da Secretaria da Saúde (Sesa) mostram que, em 2023, foram detectados 373 novos casos de câncer de mama em mulheres de 40 a 49 anos, superando o número de diagnósticos em mulheres de 50 a 59 anos, que somaram 344 casos. Em 2024, até agosto, a diferença se manteve, com 195 novos casos na faixa dos 40 a 49 anos, em comparação a 189 entre 50 e 59 anos.

A partir da publicação da portaria, a mamografia será ofertada a cada dois anos para mulheres de 40 a 69 anos, mesmo na ausência de sintomas. O objetivo é garantir o diagnóstico precoce, essencial para a promoção de uma melhor qualidade de vida e maior sobrevida às pacientes, como destacou a coordenadora do projeto de ampliação, pela Vigilância do Câncer da Sesa. “A antecipação da faixa etária visa garantir a integralidade do cuidado à saúde da mulher, visto que estamos observando um aumento no número de diagnósticos em mulheres mais jovens”, afirmou.

O câncer de mama é o de maior incidência entre as mulheres no Brasil e também no Espírito Santo. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa para o estado é de cerca de 900 novos casos por ano, com um risco aproximado de 42,20 casos a cada 100 mil mulheres.

“Com a ampliação, queremos oferecer um cuidado mais abrangente e reduzir o impacto da doença, tanto na saúde das pacientes quanto no sistema de saúde como um todo”, completou a coordenadora do Núcleo Especial de Programação de Serviços de Saúde (NEPSS), que também participou da elaboração do projeto.

O novo protocolo busca não apenas melhorar a sobrevida das pacientes, mas também minimizar os impactos socioeconômicos decorrentes do diagnóstico tardio da doença, já que os custos de tratamento aumentam consideravelmente quando o câncer é detectado em estágios mais avançados.

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