Saúde

Espírito Santo realiza nova busca ativa para identificar casos suspeitos de sarampo e rubéola

16 jun 2025 - 15:29

Redação Em Dia ES

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Ação ocorre entre os dias 17 e 27 de junho, com foco em ampliar a vigilância epidemiológica e manter o Brasil livre da circulação dos vírus. Atividades incluem revisão de prontuários, visitas a unidades de saúde e campanhas educativas
No Espírito Santo, até a última segunda-feira (09) foram notificados 27 casos suspeitos de sarampo e cinco de rubéola. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A partir desta terça-feira (17), a Secretaria da Saúde (Sesa), em ação conjunta com os municípios capixabas, promove o Dia “S” de Busca Ativa de Casos Suspeitos de Sarampo e Rubéola. Como uma iniciativa do Ministério da Saúde, o Dia “S” visa fortalecer as ações de vigilância em saúde e manter o Brasil livre do vírus do Sarampo, com atividades até o dia 27 de junho em todo o País.

As ações acontecem por meio da realização de buscas ativas, isto é, estratégias de prevenção para identificar a ocorrência de casos suspeitos de sarampo ou rubéola que acessaram o sistema de saúde e não foram detectados, no momento do atendimento. São utilizadas a metodologia de busca institucional e comunitária, baseando-se nos dados dos últimos 30 dias antes do início da ação.

No ano passado, a Sesa promoveu duas ações de Dia “S”, em março e em novembro. As ações resultaram na adesão de 56 municípios com a realização de buscas ativas institucionais e — aquelas em serviços de saúde e também nas buscas comunitárias, com 8.437 serviços visitados como hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBS), 920.445 prontuários revisitados e 16 casos suspeitos totais de sarampo e rubéola, todos negativos.

Independentemente da metodologia a ser trabalhada, o objetivo é um só, garantir mais uma oportunidade de documentar a manutenção da eliminação do sarampo e da rubéola no território capixaba e brasileiro, assegurando a manutenção do certificado do Brasil como País livre da circulação do vírus do sarampo, reconquistado em novembro de 2024”, explicou a referência técnica do Programa Estadual de Imunizações da Sesa, Danielle Grillo.

Ainda segundo a referência técnica, a Sesa vem orientando os municípios para a promoção de ações de educação em saúde durante o Dia “S”, referentes à importância da vacinação para a prevenção das doenças.

“Embora o Dia ‘S’ tenha como principal público-alvo os profissionais da saúde que atuam na manutenção da eliminação do sarampo e da rubéola no nosso País, é uma oportunidade de ampliarmos a conscientização da população no seu enfrentamento, como a adesão à vacinação”, reforçou Danielle Grillo.

No Espírito Santo, até a última segunda-feira (09) foram notificados 27 casos suspeitos de sarampo e cinco de rubéola, e nenhum caso confirmado para as doenças. Já a cobertura vacinal da Tríplice Viral, vacina que protege contra ambos vírus, é até o momento de 99,68% neste ano (meta de 95%). Em 2024, durante todo o ano, foram 84 notificações de casos suspeitos de sarampo e 16 de rubéola, sem casos confirmados. A cobertura vacinal foi de 95,70%.

Para além das ações do Dia “S”, a Secretaria da Saúde (Sesa) promove ao longo do ano a “Busca Ativa Estadual Quadrimestral” das doenças Exantemáticas. A estratégia estadual é destinada aos municípios que não alcançam o indicador de Taxa de Notificação.

Sobre o sarampo e rubéola
Consideradas doenças Exantemáticas, ou seja, com presença de manchas vermelhas ou rosas no corpo, o sarampo e a rubéola se caracterizam pelo quadro de exantema com febre, tosse ou coriza ou conjuntivite.

O sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda e grave, transmissível e altamente contagiosa. A transmissão ocorre de pessoa para pessoa por meio de secreções (ou aerossóis) presentes na fala, tosse, espirros ou até mesmo respiração. Em seu quadro clínico clássico, as manifestações podem incluir tosse, rinite aguda/coriza, conjuntivite, fotofobia e manchas koplik (pequenos pontos esbranquiçados presentes na mucosa oral), além da presença de febre e exantema maculopopular.

A rubéola também é uma doença infecciosa viral e altamente contagiosa. Ela se transmite por via respiratória, por meio da saliva ou secreções nasais de pessoas infectadas, que apresentem febre e exantema maculopopular, acompanhado de linfoadenopatia retrouricular, occipital e cervical, a alteração em tamanho e consistência de linfonodos, independentemente da idade e da situação vacinal.

Na presença de pessoas não imunizadas ou que nunca apresentaram sarampo ou rubéola, as doenças podem se manter em níveis endêmicos, produzindo epidemias recorrentes. Em 2019, o Brasil havia perdido o certificado de País livre do sarampo, após surtos da doença entre os anos de 2018 e 2019. Em novembro de 2024, o País foi novamente recertificado pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) após cumprir os critérios de não haver transmissão do vírus do sarampo durante pelo menos um ano, além de ter fortalecido o programa de vacinação de rotina, a vigilância epidemiológica e a resposta rápida a casos importados.

No Brasil, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a imunização a essas duas doenças é ofertada na rotina e compõe as vacinas do Calendário Nacional das Crianças, por meio da Tríplice Viral com a primeira dose aos 12 meses de idade e com a Tetra Viral como segunda dose aos 15 meses de idade. Para aqueles que não têm registo de vacinação contra o sarampo e a rubéola, a Tríplice Viral pode ser administrada com duas doses para pessoas com até 29 anos (intervalo de 30 dias entre as doses). Pessoas com 30 anos a 59 anos, recebem uma dose.

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